Vereador do PSL desmaia enquanto desmentia fake news sobre projeto de identidade de gênero
Por defender que pessoas possam ser chamadas pelo nome social, parlamentar da cidade de Divinópolis, MG, foi vítima de fake news que se referiam à sua matéria como ideologia de gênero
Por: Carlos Nathan Sampaio
O vereador da cidade de Divinópolis, em Minas Gerais, Diego Espino (PSL) passou mal nesta quinta-feira (28/10), em uma sessão na Câmara do município, após defender um projeto apresentado de sua autoria permitindo o uso do nome social por transgêneros, travestis e transexuais. O parlamentar estava na tribuna exaltado, quando caiu. A reunião foi suspensa por 15 minutos para atendimento. Assista ao vídeo:
Segundo o parlamentar, ele havia sido atacado nas redes sociais após protocolar a proposta sobre identidade de gênero. Na internet, usuários disseminaram fake news se referindo à matéria como ideologia de gênero, que nem se quer existe, segundo explicam especialistas. Veja a peça divulgada contra o vereador:
“A pessoa quando é transgênero, quando escolhe sua opção sexual, e temos que respeitar isso, as invés de ser chamada pelo nome de batismo, de registro, ser chamado pelo nome social. Alguém que se veste como mulher, que nasceu com o sexo masculino e que se sente uma mulher, e tem esse direito, e também tem o direito de ter o nome feminino se assim achar. Quem sou eu para falar se isso é certo ou errado?”, disse ele, com a voz alterada.
“Pessoas que sofrem desde menino. Que estão lutando para conquistar um pedaço da sociedade. Muitas querem se candidatar e não tem como, porque sofrem preconceito”, declarou ele, completando que é “contra material didático na escola, usar banheiro, sou contra um monte de coisa neste tipo. Sexualizar crianças, conteúdo pedagógico, sou contra”.
Mais sobre o projeto
De acordo com a matéria, “os órgãos e as entidades da administração pública municipal direta, autárquica e fundacional, em seus atos e procedimentos, deverão adotar o nome social da pessoa travesti, transexual ou transgênero, de acordo com seu requerimento”.
Ainda segundo a proposta, “os registros dos sistemas de informação, de cadastros, de programas, de serviços, de fichas, de formulários, crachás, identidade funcional, de prontuários e congêneres dos órgãos e das entidades da administração pública municipal direta, autárquica e fundacional deverão conter o campo “nome social” em destaque, acompanhado do nome civil, que será utilizado apenas para fins administrativos internos”.
