Caiado fala sobre Bolsonaro, pandemia e candidatura a presidente para Pedro Bial

O governador Ronaldo Caiado (DEM), em entrevista ao programa ‘Conversa com Bial’, da TV Globo, na madrugada desta quarta-feira (10/11), defendeu o diálogo como solução para os desafios atuais do Brasil. Ele revelou os planos do novo partido surgido entre a fusão do DEM e PSL.

Ao jornalista Pedro Biel, o democrata falou da relação com o Governo Federal e as críticas sobre a condução da pandemia da Covid-19 pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Apoio não é submissão, até porque eu tenho mais idade que o presidente. Não concordo com a contestação ao isolamento social e à utilização de vacinas. Quando ele deixa que extremos prevaleçam, não percebe que a sociedade não quer isso mais”, afirmou.

Ao ser indagado acerca das eleições de 2022, o governador disse que prefere “algo que traga credibilidade e tranquilidade. Você não pode governar tensionando. Governar é convergir”.

Covid-19

A pandemia da Covid19 foi um dos principais temas, que tomou aproximadamente meia hora do programa. Em relação a isso, Caiado destacou as discordâncias sobre os protocolos adotados pelo Governo Federal para enfrentar a disseminação da doença no país.

“Não concordo com sua política [do presidente Jair Bolsonaro] de contestar o isolamento social e utilização de vacinas”, reforçou Caiado, frisando que o número de mortos, em razão do novo Coronavírus, teria sido menor se o ex-ministro da Saúde, Henrique Mandeta, tivesse continuado no cargo”, lamenta.

Conflitos

O governador também foi questionado sobre as atuais quedas de braço entre os Poderes da República. Para ele, faltou capacidade de construir “uma solução mais sensata” para sair da crise.

“O governo falha quando, em vez de buscar parceria, quer impor uma tese em relação a outra. É verdade que o mercado está nervoso e que é preciso salvar a população com o auxílio emergencial. Mas não é necessário agir com esse tipo de sentimento”, resumiu.

Já sobre o ministro da Economia, Paulo Guedes, o goiano salientou que “as pessoas, para assumir um cargo, têm de conhecer a máquina pública, o Congresso Nacional. Também precisa lidar com os outros Poderes. A partir daí tem de ser um ministro com o pé no chão. Não adianta criar teses que não possam ser implantadas. Tem de ser objetivo, não pode perder tempo”, pontuou.  

“Sendo assim, o governo tem de saber priorizar e ter metas. Paulo Guedes tem espírito público e quer trazer melhoras para o País, mas não entendeu a máquina pública nem o Congresso. Isso fez com que chegássemos ao ponto em que estamos”, avaliou o governador.

Partido União Brasil

Para as próximas eleições, Caiado defendeu candidatura própria à Presidência da República da legenda União Brasil – hiperpartido que articulou para criar com a fusão do DEM com PSL. “Virá dentro de um cronograma, sem suprimir etapas. A primeira foi a fusão, agora tem sido a consolidação nos Estados. Consequentemente, a próxima é a apresentação de um nome para disputar as eleições nacionais em 2022”, revelou.