Câmara aprova cultivo de plantas para combater o mosquito da dengue em Goiânia. Conheça

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou nesta quinta-feira (11/11), em primeira votação, o Projeto de Lei (PL) que incentivo o cultivo das

Postado em: 11-11-2021 às 11h14
Por: Nielton Soares
Imagem Ilustrando a Notícia: Câmara aprova cultivo de plantas para combater o mosquito da dengue em Goiânia. Conheça
Experiências aponta que as plantas citronela e crotalária repelem os mosquitos, borrachudos, traças e formigas | Foto: reprodução

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou nesta quinta-feira (11/11), em primeira votação, o Projeto de Lei (PL) que incentivo o cultivo das plantas citronela e crotalária. As espécies são conhecidas como método natural de combate ao mosquito aedes aegypti (inseto transmissor da dengue, da febre amarela, zika e chikungunya).

De acordo com a proposta, do vereador Henrique Alves (MDB), o cultivo e a manutenção das plantas podem ser feitos nas residências, comércios, indústrias, áreas públicas e privadas da Capital.

Ao apresentar a matéria, o parlamentar justificou que há inúmeros casos suspeitos de dengue, zika e Chikungunya em Goiânia, o que se faz necessário ao poder público tomar uma ação. Nesse caso, por meio de campanha para incentivar o plantio das espécies de plantas.

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Função dessas plantas

Experiências aponta que as plantas citronela e crotalária repelem os mosquitos, borrachudos, traças e formigas. Além disso, as espécies estão sendo usadas para a produção de óleo para uso como repelente contra o aedes aegypti e dos mosquitos como o Anopheles dirus e o Culex quinquefasciatus.

Para o antropólogo e pesquisador do Cerrado, Altair Sales Barbosa, as duas plantas em questão já estão sendo usadas como métodos para repelir insetos, mas os resultados são poucos conhecidos. “Não conheço experiências, nem estudos que demonstrem a eficácia  ou não dessas plantas como repelentes”, comenta.

“O importante é salientar que o controle biológico não pode ficar restrito só a esta iniciativa. Existem outras soluções, como por exemplo, a preservação de refúgios onde vivem os seus predadores naturais (animais que se alimentam dos insetos)”, acrescenta.

O especialista destaca ainda que as plantas, assim como o mosquito aedes aegypti, são espécies exóticas, ou seja, ambos não fazem parte do Cerrado. Embora as plantas não sejam da região, elas não trazem “efeito negativo para a ecologia regional”.

Um projeto semelhante foi aprovado pela Câmara Municipal de Corumba (MS).

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