Mais de 200 mil goianienses não sabem quem é o prefeito da Capital

Pesquisa do Instituto FoxMappin revelou também que aprovação de Caiado supera a de Rogério Cruz na Capital e que mais de 1 milhão de goianienses estão insatisfeitos com as obras na cidade

Postado em: 12-11-2021 às 08h55
Por: Felipe Cardoso
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Pesquisa do Instituto FoxMappin revelou também que aprovação de Caiado supera a de Rogério Cruz na Capital e que mais de 1 milhão de goianienses estão insatisfeitos com as obras na cidade | Foto: Reprodução

Menos de dois meses separam o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), do aniversário de um ano como gestor da Capital. No entanto, conforme mostrado pelo Instituto FoxMappin, do grupo O Hoje, mais de 14% dos goianienses ainda não o conhecem. O percentual se traduz em um universo superior ao de 200 mil pessoas. Os demais, 85,6%, responderam de maneira afirmativa à pergunta se conhecem ou não o prefeito.

Para traçar o diagnóstico, os pesquisadores contaram com uma  amostragem de 501 entrevistados distribuídos proporcionalmente entre as sete regiões do município — central, sul, sudoeste, norte, noroeste, leste e oeste. 

A pesquisa foi estratificada em 163 bairros de Goiânia que juntos representam mais de 25% dos bairros que compõem as regiões citadas. Todos os participantes possuem idade superior a 16 anos, sendo 56% do sexo feminino e 44%masculino. Do total, 70% possuem faixa etária entre 25 e 59 anos. 41,1% contam com ensino médio completo e 39,8% com superior completo ou incompleto.

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“O prefeito está começando agora, então são resultados plenamente normais”, disse o vereador líder do Governo no Legislativo municipal, Sandes Jr (PP). Sem contar que, segundo ele, janeiro, fevereiro e março “não contam”, haja vista que o prefeito “só assumiu verdadeiramente as rédeas da prefeitura em abril”. 

O líder também considerou não ser “nenhum demérito” para o prefeito o fato de ter sido pior avaliado que o governador dentro da própria Capital, “haja vista que o governador está na vida pública há muito mais tempo”. O comentário vem na esteira de outro levantamento feito pela FoxMappin quanto a aceitação de ambos os gestores ante aos olhos dos goianienses. 

Isso porquê, conforme mostrado pela reportagem do O Hoje em 4 de Novembro, a aprovação do democrata se mostrou superior à do republicano. Acontece que, historicamente, Goiânia se projeta como uma cidade de oposição aos governos estaduais. Ao longo dos últimos anos, desde a redemocratização, governadores nunca tiveram ampla aceitação do eleitorado goianiense e, muitas vezes, enfrentavam dificuldades, inclusive, com a região metropolitana. 

Analisando os totalmente satisfeitos e satisfeitos, o governador leva vantagem. A junção de ambos os indicadores demonstram 38,9% de aprovação do democrata ante 35,7% do republicano. Foram 29,7% de satisfeitos e 9,2% de totalmente satisfeitos no caso do governador, enquanto, para o prefeito, os indicadores apontam para 29,7% e 6%, respectivamente.

No caso de Cruz, a maior a maior fatia ficou com os que responderam estar parcialmente satisfeitos (37,5%). Outros 25% responderam insatisfeitos ou totalmente insatisfeitos ao serem questionados sobre a gestão do prefeito. 1,8% não souberam responder.

A ampla aceitação do governador certamente está relacionada aos investimentos aplicados na capital ao longo de seus quase três anos à frente do Estado. No último dia 24, quando a cidade celebrou seus 88 anos, o democrata ressaltou o investimento de mais de meio bilhão nesse período. Setores relacionados à saúde, educação, segurança, geração de emprego e renda foram os principais beneficiados.

Canteiro de obras

Outro dado interessante trazido pelo pesquisa revela que mais de 74% dos goianienses, ou seja, mais de 1 milhão de pessoas —Goiânia possui 1.555,626 habitantes segundo dados do IBGE de 2021 — estão insatisfeitas com as obras realizadas em toda a cidade. 

Acontece que várias delas estão atrasadas, com datas de inauguração constantemente adiadas, o que tem deixado a população descontente com a gestão de Rogério Cruz. O atraso dessas obras causam, além de transtornos, prejuízos aos comerciantes e também ao erário.

A prefeitura de Goiânia foi procurada, mas preferiu não comentar os números.

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