Com Tarcísio no PL, cresce a disputa pela chapa de Mendanha

Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, pode disputar o Senado por Goiás

Postado em: 12-11-2021 às 09h16
Por: Marcelo Mariano
Imagem Ilustrando a Notícia: Com Tarcísio no PL, cresce a disputa pela chapa de Mendanha
Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, pode disputar o Senado por Goiás | Foto: Reprodução

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas (sem partido), está perto de se filiar ao PL para disputar o Senado por Goiás, conforme mostrou a edição de ontem da coluna Xadrez, citando uma fonte do partido. A expectativa é a de que ele anuncie a filiação durante um evento a ser realizado em Goiânia.

O PL, vale lembrar, tende a ser o novo destino do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), segundo o qual a decisão de ir para a legenda do centrão, comandada por Valdemar da Costa Neto, está 99% encaminhada.

Tarcísio já foi cotado para concorrer, com o apoio de Bolsonaro, a senador ou a governador de São Paulo, mas, por questões familiares, não tem a intenção de se distanciar de Brasília.

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No Distrito Federal, o PL aposta suas fichas na ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, que, em 2022, pode ser candidata tanto a senadora como a governadora.

Daí surge a possibilidade de Goiás, estado perto de Brasília e onde Tarcísio já esteve presente inúmeras vezes para divulgar ações do governo federal na área de infraestrutura.

Em Goiás, a deputada federal Magda Mofatto é o principal nome do PL e já declarou publicamente o seu apoio à candidatura a governador do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido).

Dessa forma, uma vez confirmada a decisão de Tarcísio de concorrer ao cargo de senador pelo PL em Goiás, todos os indícios apontam para uma composição com Mendanha.

A disputa por espaço na chapa do prefeito de Aparecida de Goiânia, portanto, começa a ficar acirrada. Além de Tarcísio, o deputado federal João Campos (Republicanos) e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (PSD) estão de olho na vaga de senador.

Há, claro, outros pré-candidatos ao Senado, como o deputado federal Delegado Waldir (PSL/União Brasil) e o ex-ministro das Cidades Alexandre Baldy (Progressistas), mas estes estão mais próximos do governador Ronaldo Caiado (DEM/União Brasil) do que do prefeito de Aparecida de Goiânia.

João Campos alega que mantém diálogo com todos os pré-candidatos a governador. Contudo, embora o Republicanos ensaie uma aproximação com Caiado por meio do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, o deputado federal tem mais afinidade com Mendanha.

Os dois são da mesma igreja, a Assembleia de Deus, e João Campos conta com Jhonatan Medeiros, seu sobrinho, na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Aparecida de Goiânia, ou seja, está diretamente envolvido com o projeto de cidade inteligente, considerado a principal marca da gestão de Mendanha.

Meirelles, por sua vez, está com negociações mais avançadas junto a Caiado. Porém, nunca fechou as portas para o prefeito de Aparecida de Goiânia, com quem se reuniu de forma presencial recentemente.

Diferentemente de Tarcísio e João Campos, Meirelles não é ligado ao bolsonarismo. Mendanha tem dito que prefere estar no palanque de um presidenciável de centro, mas, mesmo com um candidato a senador em sua chapa aliado a Bolsonaro, ele poderia ficar neutro ou apoiar outro nome. Afinal, as articulações regionais costumam ter contradições em relação às nacionais.

Aliás, com Tarcísio concorrendo ao Senado por Goiás, o bolsonarismo praticamente define seu palanque no estado, que contará também com o deputado federal Vitor Hugo (de saída do PSL) na linha de frente ao lado do ministro da Infraestrutura. Apesar de não ser descartada, as chances de Bolsonaro lançar um candidato próprio ao governo estão cada vez mais remotas. (Especial para O Hoje)

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