Bolsonaro tem 57,5% de reprovação em Goiânia, segundo FoxMappin

Apenas 24% dos goianienses se dizem satisfeitos ou totalmente satisfeitos com a gestão do presidente

Postado em: 13-11-2021 às 09h44
Por: Marcelo Mariano
Imagem Ilustrando a Notícia: Bolsonaro tem 57,5% de reprovação em Goiânia, segundo FoxMappin
Apenas 24% dos goianienses se dizem satisfeitos ou totalmente satisfeitos com a gestão do presidente | Foto: Reprodução

De acordo com a pesquisa FoxMappin/O Hoje, 40,7% dos goianienses estão totalmente insatisfeitos (equivalente a “péssimo”) com a gestão do presidente Jair Bolsonaro, enquanto 16,8% se dizem insatisfeitos (equivalente a “ruim”).

Somados, esses dois números indicam que Bolsonaro tem 57,5% de reprovação em Goiânia. A pesquisa ouviu 501 pessoas, distribuídas proporcionalmente em 163 bairros da cidade e conforme gênero, faixa etária e escolaridade, entre os dias 19 e 22 de outubro de 2021.

Por outro lado, o presidente tem apenas 24% de aprovação dos goianienses: 11,2% estão totalmente satisfeitos (equivalente a “ótimo”) e 12,8% alegam estar satisfeitos (equivalente a “bom”).

Continua após a publicidade

O levantamento mostra também que 18,2% se dizem parcialmente satisfeitos (equivalente a “regular”). Somente 0,4% não soube ou não respondeu.

Mesmo patamar

Os números da pesquisa FoxMappin/O Hoje sobre a rejeição de Bolsonaro em Goiânia está condizente com outros levantamentos feitos no âmbito nacional.

Por exemplo, segundo dados do mais recente PoderData, divulgado em 11 de novembro, o presidente é ruim ou péssimo para 57% dos brasileiros, 0,5% a menos do que em Goiânia.

No caso da aprovação, o número é idêntico: 24% consideram Bolsonaro bom ou ótimo, ainda de acordo com o PoderData, a divisão de pesquisas do site jornalístico Poder360, com sede em Brasília. 

Votação em 2018

A menos de um ano das eleições de 2022, quando Bolsonaro tentará a reeleição, a pesquisa aponta uma diferença em relação a 2018 sobre a forma como a população goianiense enxerga o presidente.

Nas últimas eleições, Bolsonaro teve, em Goiânia, 63,45% dos votos no primeiro turno contra 12,15% de Ciro Gomes (PDT) e 11,36% de Fernando Haddad (PT). No segundo turno, ele melhorou o seu desempenho, atingindo 74,2% contra 25,8% do candidato petista.

Considerando que, de acordo com a pesquisa FoxMappin/O Hoje, Bolsonaro tem, hoje, 24% de aprovação na capital goiana, pode-se dizer que, na comparação com o primeiro turno de 2018, o presidente perdeu 39,45% dos eleitores. Se levado em conta o segundo turno, o número chega a 50,2%. 

Palanque em 2022

Para as eleições de 2022, Bolsonaro tem pensado em lançar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, atualmente sem partido, como candidato a senador pelo PL em Goiás, conforme mostrou a edição de ontem do jornal O Hoje.

Além de Tarcísio, o deputado federal Vitor Hugo (de saída do PSL) será mais um nome de destaque do bolsonarismo no estado. Ele deve buscar a reeleição, mas uma eventual candidatura ao governo estadual, embora improvável, não pode ser descartada.

Os deputados estaduais Major Araújo, Delegado Humberto Teófilo e Paulo Trabalhos, todos eles de saída do PSL, e o influenciador digital Gustavo Gayer (Democracia Cristã) também tendem a integrar o palanque de Bolsonaro em Goiás nas eleições do ano que vem.

Há, ainda, outras pessoas influentes no bolsonarismo goiano ligados à Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás (Assego), Cooperativa de Transporte de Passageiros Privado de Goiás (CoopGO) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Caiado e Cruz 

Por fim, vale destacar que a avaliação de Bolsonaro em Goiânia está abaixo do desempenho do governador Ronaldo Caiado (DEM/União Brasil) e do prefeito da cidade, Rogério Cruz (Republicanos), também segundo a pesquisa FoxMappin/O Hoje”.

Caiado tem 26,8% de rejeição (insatisfeitos + totalmente insatisfeitos) e 38,9% de aprovação (satisfeitos + totalmente satisfeitos). Cruz, por sua vez, soma 25% de rejeição e 35,7% de aprovação.

As rejeições de ambos em Goiânia estão abaixo da metade da rejeição de Bolsonaro, enquanto as aprovações ficam pelo menos acima de 10%. (Especial para O Hoje)

Veja Também