De passagem pela Europa, Lula concede entrevista e é capa do El País da Espanha

Ex-presidente criticou Bolsonaro, falou da necessidade de recuperar o prestígio do Brasil, e comentou a disputa contra Moro na corrida presidencial em 2022

Postado em: 21-11-2021 às 12h30
Por: Giovana Andrade
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Ex-presidente criticou Bolsonaro, falou da necessidade de recuperar o prestígio do Brasil, e comentou a disputa contra Moro na corrida presidencial em 2022. | Foto: Reprodução

Em entrevista publicada pelo jornal espanhol El País neste domingo (21/11), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não se preocupa com a pré-candidatura do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) ao Planalto: “ele que precisa ficar preocupado“.

“Sem a proteção da toga de juiz e sem a proteção do Código Penal, será candidato como eu, como cidadão comum. E, nesse caso, é muito mais fácil [vencer Moro]”, disse.

Vindo de Berlim, Bruxelas e Paris a Madri, Lula não esconde a vontade de voltar a governar, mas ainda não confirmou a sua candidatura para as eleições presidenciais de 2022. Segundo ele, isso “não depende de uma vontade pessoal“. “Não posso voltar para fracassar. Tenho que voltar para fazer o Brasil recuperar o seu prestígio internacional, e que o povo possa comer 3 vezes ao dia”, declarou.

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Segundo o petista, a sua motivação para concorrer ao Planalto vem da situação em que o país se encontra hoje: desemprego, inflação e volta da fome. “O Brasil está quebrado“, falou.

Para Lula, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) venceu a eleição em um momento de “anomalia na política mundial“, com a chegada de Donald Trump aos Estados Unidos e o crescimento do partido de extrema-direita Vox, na Espanha. “Aconteceu no mundo todo. A mentira prevalece sobre a verdade“, afirmou. “Bolsonaro é mentiroso, não entende a economia, não entende os problemas sociais”.

Para a recuperação do país no pós-pandemia, o petista disse que, se necessário, o Estado “tem que colocar o dinheiro para que a economia cresça“. Ele citou o fundo de € 760 bilhões liberado pela UE (União Europeia) e o pacote social de US$ 1,75 trilhão do presidente norte-americano, Joe Biden.

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