Estado e Prefeitura se preparam para reforma do secretariado

Titulares de pastas que quiserem disputar as eleições de 2022 precisam deixar seus cargos até abril, mas há expectativa de que mudanças ocorram antes

Postado em: 21-12-2021 às 08h43
Por: Marcelo Mariano
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Titulares de pastas que quiserem disputar as eleições de 2022 precisam deixar seus cargos até abril, mas há expectativa de que mudanças ocorram antes | Foto: Reprodução

Com 2022 batendo à porta, as próximas eleições ganham cada vez mais evidência, e elas terão impacto na estrutura administrativa do governo estadual e da Prefeitura de Goiânia já nos primeiros meses do ano.

Isso porque, de acordo com a legislação eleitoral, aqueles que ocupam funções públicas devem deixar seus cargos até seis meses antes das eleições. Como o primeiro turno ocorre em 2 de outubro, o prazo final para a desincompatibilização é o início de abril.

No entanto, existe a expectativa de que as mudanças sejam realizadas com antecedência devido a pressões políticas. Quem não tem cargo e disputará as eleições argumenta que quem tem pode se favorecer em razão do posto exercido.

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No governo estadual, há pelo menos cinco nomes cotados: o secretário de Governo, Ernesto Roller, o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, o presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales, e o presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), Renato de Castro.

Com exceção do primeiro, que tende a tentar uma vaga na Assembleia Legislativa, todos os quatro demonstram intenção de disputar mandato de deputado federal, até mesmo Renato de Castro, que, inicialmente especulado para deputado estadual, tem pensado em dar um passo maior.

Os casos de Ismael Alexandrino, Rodney Miranda e Pedro Sales dependem muito da articulação do próprio governador Ronaldo Caiado (DEM/União Brasil), que quer montar chapas fortes para a Câmara dos Deputados e, por isso, tem estimulado seus secretários a entrarem no jogo.

Ainda é cedo para cravar quem serão os substitutos. Por ora, tudo não passa de especulação. Porém, como o jornal O Hoje já adiantou, a reforma do secretariado deve abrir espaço para o MDB no primeiro escalão do governo estadual.

Com a aliança entre Caiado e o presidente do MDB em Goiás, Daniel Vilela, pré-candidato a vice-governador na chapa caiadista, o partido naturalmente se cacifa para ocupar secretarias, mas, claro, só poderá indicar quem não será candidato no pleito do ano que vem.

Enquanto isso, na Prefeitura de Goiânia, a lista é um pouco maior: Álvaro da Universo (Esportes), Dra. Cristina Lopes (Direitos Humanos e Políticas Afirmativas), Tatiana Lemos (Políticas para as Mulheres), Valdery Júnior (Turismo, Eventos e Lazer), Valéria Pettersen (Relações Institucionais), Wellington Bessa (Educação), Zander Fábio (Cultura) e Zé Antônio (Desenvolvimento Humano e Social).

Conforme o jornal O Hoje também já mostrou, uma ou outra candidatura pode não decolar devido aos objetivos dos grupos políticos aos quais pertencem certos secretários, como Valéria Pettersen e Valdery Júnior, ligados, respectivamente, aos deputados federal João Campos (Republicanos) Magda Mofatto (PL). A depender das articulações, contudo, seus nomes não estão descartados.

Dessa lista de secretários municipais, elaborada a partir de consulta a pessoas influentes na Prefeitura de Goiânia, a maioria deve tentar uma cadeira de deputado estadual, mas há alguns, como Wellington Bessa e Zé Antônio, que estariam pensando em uma candidatura para deputado federal.

Para evitar desgaste com vereadores, alguns dos quais já estão de olho em certas pastas, as mudanças no primeiro escalão da Prefeitura de Goiânia dificilmente ocorrerão antes da aprovação do Plano Diretor, que, após muita polêmica, ficou só para 2022. (Especial para O Hoje)

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