Ampliação do número de vereadores avança na Câmara de Goiânia
O projeto mantém apenas a criação dos novos cargos, ampliando o número de 35 para 39.
Por: Felipe Cardoso
A Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia aprovou, na manhã da última quarta-feira (22/12), o projeto de lei que garante a ampliação do número de cadeiras de vereadores a partir do ano de 2025.
A matéria foi avalizada com supressão do “subsídio” garantido inicialmente aos vereadores da Casa. O trecho em questão diz respeito a uma adequação salarial que representaria um salto superior a R$ 3 mil no salário dos vereadores – atualmente de R$ 15,6 mil – passando, consequentemente, para R$ 18,9 mil.
Portanto, o projeto aprovado pelo grupo mantém apenas a criação dos novos cargos, ampliando o número de parlamentares de 35 para 39.
Ao falar sobre a matéria na Comissão Mista, Clécio Alves (MDB), que aparece como autor da proposta no portal da transparência do Legislativo municipal, voltou a criticar a imprensa por divulgá-lo como responsável pela iniciativa.
Conforme mostrado pela reportagem na edição impressa da última quarta-feira, 21, o vereador negou ser autor do projeto, mesmo após ter sido flagrado pelos microfones da TV Câmara recolhendo assinaturas para a proposta que tem seu nome na autoria do documento disponível na Transparência.
No encontro de ontem, Clécio voltou a falar sobre o assunto e disparou: “Isso foi um erro formal da Câmara, que inclusive já foi corrigido. Essa matéria sequer tem minha assinatura. Respeito os que pensam diferente, mas lá atrás fui contrário e continuo contra essa proposta”, argumentou.
A negativa por parte do parlamentar já havia sido adiantada em entrevista exclusiva ao O Hoje na última quarta. “Eu só vi isso hoje [terça-feira, 21]. Imediatamente pedi que fosse corrigido. Um grupo de vereadores apresentou esse projeto, não tem vereador A ou B, isso realmente foi uma falha da Câmara e já chamei atenção. (…) Além disso, eu também não faço parte desse grupo de vereadores que tiveram a iniciativa, o que torna essa falta ainda mais grave”, argumentou na ocasião.
Clécio ainda acrescentou que, ainda que pertencesse a tal grupo, não teria vergonha pois é uma matéria “legal, constitucional e que pode ser apresentada com a luz acesa”.
Agora o documento seguirá ao Plenário onde será submetido a duas fases de discussão e votação. Por se tratar de uma mudança no regimento interno, a matéria dispensa o aval da prefeitura de Goiânia.