Cinco pontos da política goiana para ficar de olho em 2022

Com eleições, ano que se inicia promete ser politicamente agitado em Goiás

Postado em: 03-01-2022 às 09h24
Por: Marcelo Mariano
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Com eleições, ano que se inicia promete ser politicamente agitado em Goiás | Foto: Reprodução

Em 2022, toda a classe política goiana estará concentrada nas eleições de outubro. Até mesmo os que não disputarão o pleito, como a maioria de prefeitos e vereadores, farão parte das campanhas de seus aliados.

A eleição, claro, é o grande assunto para ficar de olho. O governador Ronaldo Caiado (DEM/União) conseguirá manter o favoritismo e ser reeleito? Haverá grandes renovações na Assembleia Legislativa e entre deputados federais goianos? Essas são apenas algumas das perguntas a serem respondidas.

Até outubro, porém, há outros pontos importantes para prestar atenção e que com certeza terão impacto na hora do voto. Por exemplo, no início de abril, encerra o prazo para políticos mudarem de partido.

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A janela partidária, como esse período é chamado, tem tudo a ver com o primeiro item de uma lista, elaborada pelo jornal O Hoje, com cinco assuntos sobre expectativas para a goiana neste ano que se inicia.

Partido de Mendanha

Fora do MDB desde que o presidente estadual do partido, Daniel Vilela, foi anunciado como candidato a vice na chapa caiadista, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, tem justamente até a janela partidária para encontrar uma nova legenda, e sua decisão pode ter reflexos em outras alianças. Ele mantém conversas principalmente com PL, Podemos e Republicanos, entre outros.

Se for para o PL, de Jair Bolsonaro, o presidente não deve bancar a candidatura do deputado federal Vitor Hugo ao governo. Se for para o Podemos, o também deputado federal José Nelto tende a deixar o partido do presidenciável Sergio Moro. Se for para o Republicanos, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, dificilmente estará no mesmo palanque de Caiado. 

Insatisfeitos com Daniel

A aliança entre Caiado e Daniel também provocou insatisfações por parte de alguns nomes da base governista, como o senador Vanderlan Cardoso (PSD), o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (de saída do PSB), e o prefeito de Catalão, Adib Elias (Podemos).

Diante desse cenário, que se soma à morte de Iris Rezende, maior fiador da aliança, muitos acreditam que Daniel, apesar do apoio irrestrito de Caiado, pode não se sustentar na vice. Essa é uma questão que só será resolvida nas convenções partidárias, entre o final de julho e o início de agosto, quando também ficará claro se a base caiadista sofrerá ruptura ou não. 

Candidatos a senador

Um outro assunto que terá o martelo batido durante as convenções partidárias diz respeito aos candidatos a senador. Como apenas um será eleito em 2022, a briga por espaço nas chapas majoritárias, especialmente a de Caiado, está acirrada.

Devido ao elevado número de pré-candidatos ao Senado (pelo menos seis), especula-se a possibilidade de candidaturas avulsas, ou seja, sem estar vinculado a uma chapa, o que só é possível na eventualidade de um partido, no momento da convenção, não declarar apoio a nenhum governadoriável. 

Marconi de volta

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) quer voltar ao Palácio das Esmeraldas, mas também cogita tentar uma cadeira de senador ou, em último caso, de deputado federal. O resultado que obtiver nas urnas pode reanimar os tucanos ou afundá-los de vez.

Polarização nacional

Por fim, o resultado das urnas também dará respostas sobre a influência da polarização nacional em Goiás. Lula (PT) vencerá ou não Bolsonaro no estado, de perfil conservador e um dos lugares mais visitados pelo presidente em agendas oficiais? Se perder a nível nacional e conseguir um bom desempenho em solo goiano, este tem condições de se tornar um forte reduto do bolsonarismo.

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