PF prende Wesley Batista, presidente da JBS, em São Paulo

A investigação apura ordens de venda de ações de emissão da JBS S/A na Bolsa de Valores pela empresa controladora, a FB Participações S/A, e a compra dessas ações em mercado, por parte da empresa JBS

Postado em: 13-09-2017 às 08h40
Por: Kamilla Lemes
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A investigação apura ordens de venda de ações de emissão da JBS S/A na Bolsa de Valores pela empresa controladora, a FB Participações S/A, e a compra dessas ações em mercado, por parte da empresa JBS

A
Polícia Federal (PF) prendeu preventivamente o diretor-presidente da JBS,
Wesley Batista, na manhã de hoje (13) na capital paulista. Além da prisão,
foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão
preventiva de outro dirigente da empresa, cujo nome ainda não foi confirmado.

As
ações fazem parte da 2ª fase da Operação Tendão de Aquiles. Os mandados foram
expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, a pedido da PF, que
investiga o uso indevido de informações privilegiadas em transações no mercado
financeiro entre 24 de abril e 17 de maio deste ano. Nesse período, foram
divulgadas informações relacionadas a acordo de colaboração premiada firmado
com a Procuradoria-Geral da República.

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A
investigação apura ordens de venda de ações de emissão da JBS S/A na Bolsa de
Valores pela empresa controladora, a FB Participações S/A, e a compra dessas
ações em mercado, por parte da empresa JBS S/A. Com as irregularidades, o
mercado era manipulado, fazendo com que os acionistas absorvessem parte do
prejuízo gerado pela baixa das ações.

Outra
situação foi a intensa compra de contratos de derivativos de dólares pela JBS
S/A, em desacordo com a movimentação usual da empresa, que se favoreceu com a
alta da moeda norte-americana após o dia 17.

Os
suspeitos poderão responder por crime de uso de informação relevante, ainda não
divulgada ao mercado, para propiciar vantagem indevida com valores mobiliários.
As penas variam de um a cinco anos de prisão e multa de até três vezes o valor
da vantagem ilícita obtida. 

Agência Brasil. (Foto: Reprodução)

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