Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Moraes determina que Bolsonaro preste depoimento nesta sexta (28) sobre vazamento de inquérito sigiloso

Pedido do presidente para não prestar depoimento nesta investigação foi negado

Postado em: 28-01-2022 às 09h37
Por: Igor Afonso
Imagem Ilustrando a Notícia: Moraes determina que Bolsonaro preste depoimento nesta sexta (28) sobre vazamento de inquérito sigiloso
Pedido do presidente para não prestar depoimento nesta investigação foi negado | Foto: Divulgação

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou nesta quinta-feira (27/1), um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) para não prestar depoimento no inquérito que apura o vazamento de documentos sigilosos.

Moraes determinou também que a Polícia Federal (PF) colha o depoimento de Bolsonaro hoje (28/1), a partir das 14h. “Não tendo o Presidente da República indicado local, dia e horário para a realização de seu interrogatório no prazo fixado de 60 (sessenta) dias, determino sua intimação, por intermédio da AGU [Advocacia Geral da União] (conforme solicitado no item “V-v” de sua petição), para que compareça no dia 28/1/2022, às 14h00, para prestar depoimento pessoal, na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal”, estabeleceu.

Após o depoimento do presidente, a PF terá que concluir a investigação. Os documentos vazados tratavam de uma suposta invasão a sistemas e bancos de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tramitava na corte em conjunto com uma investigação da PF desde 2018.

Continua após a publicidade

Os registros foram mostrados por Bolsonaro durante uma entrevista, em que estava acompanhado do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), que na época era o relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Voto Impresso – medida rejeitada em agosto de 2021 na Câmara dos Deputados. Logo após, os documentos foram publicados nas redes sociais de Bolsonaro.

Na época, o TSE emitiu uma nota esclarecendo que o acesso aos sistemas do Tribunal não representou riscos às eleições de 2018, já que, de acordo com o TSE, o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes que fazem com que seja possível identificar qualquer manipulação.

O caso segue em investigação no STF.

Veja Também