Para ‘acalmar’ vereadores, prefeitura promete campanha para rebater críticas ao aumento do IPTU
Paço iniciou uma força tarefa na Secretaria de Finanças com o objetivo de levantar dados que estarão em cards, vídeos e outras peças publicitárias que serão disparadas aos goianienses. "Os números ainda não foram fechados", argumenta secretário ante ao completo silêncio da gestão
Por: Felipe Cardoso
O secretário de Comunicação de Goiânia, Marcos Teixeira, gravou um vídeo na tentativa de acalmar os vereadores que se encontram pressionados a dar uma resposta à população goianiense diante do aumento exorbitante do IPTU. Através do ex-líder do prefeito, vereador Sandes Jr, a gravação chegou ao grupo de WhatsApp dos vereadores. Nela, Teixeira promete, para segunda-feira, o lançamento de uma campanha no sentido de garantir um contraponto às inúmeras críticas direcionadas, especialmente, aos parlamentares.
“Agora há pouco terminamos uma conferência para tratar sobre a questão do IPTU e para fazermos uma defesa de tudo o que está sendo dito na cidade. O prefeito pediu dados, até porque os números ainda não foram fechados por dificuldades de sistema. Não se sabe ainda quantos imóveis tiveram isenção, redução, o fechamento total desses números ainda não está pronto devido aos sistemas que são arcaicos”, justificou o secretário ante ao completo silêncio do Paço.
Na sequência, ele alegou que a questão “ficou clara” para o prefeito Rogério Cruz (Republicanos). “Assim que os dados forem compilados faremos o contraponto, por enquanto não dá para fazer sem os números reais, com números fictícios não dá. A campanha vai ficar pronta segunda-feira, a equipe da Sefin [Secretaria de Finanças] se comprometeu a fechar esses dados durante o final de semana, trabalhando de plantão”, disse antes de assegurar, mais uma vez, que os técnicos colocarão a campanha no ar na segunda. “Divulgaremos vídeos, cards e todas as peças produzidas para os vereadores espalharem para a população”, finalizou.
Conforme mostrado com exclusividade pelo O Hoje, um grupo se organiza para cobrar do prefeito a revogação do texto, aprovado em setembro pela Câmara, e que, na prática, tem funcionado em desacordo com o ‘combinado’. “Tem vereador que sequer está conseguindo andar nas ruas do seu bairro. O trem tá feio”, revelou um parlamentar ao comentar a situação reportada pelos colegas.
