PGR vai analisar se presidente Bolsonaro cometeu crime ao faltar depoimento à Polícia Federal
Em entrevista, Bolsonaro explicou que faltou ao depoimento por recomendação do advogado-geral da União
Por: Igor Afonso
Após se manifestar sobre o relatório final da Polícia Federal (PF), que apontou crime do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao divulgar dados sigiloso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Procuradoria-Geral da República (PGR) vai avaliar também, a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), se houve crime de desobediência e obstrução de Justiça ao faltar ao depoimento à PF, na última sexta-feira (28/1).
Em razão do pedido, Randolfe pontuou que “Bolsonaro não está acima de ninguém. As instituições não podem aceitar tamanho desrespeito! Acabo de acionar o STF para que adote as medidas cabíveis por Bolsonaro não ter comparecido ao depoimento. Isso é uma afronta, inclusive ao cargo do presidente”.
Augusto Aras, procurador-geral da República, terá de se posicionar também sobre a notícia-crime apresentada por um advogado de Santa Catarina, também relacionado à ausência do presidente na oitiva.
Na última segunda-feira (31/1), Bolsonaro explicou que faltou ao depoimento por recomendação do advogado-geral da União, Bruno Bianco. “Tudo que foi tratado por esse advogado, que nos defende, eu cumpri à risca. E, com toda a certeza, agora, o plenário do STF vai definir essa questão”, respondeu em entrevista à Rede Record.
