Popularidade de Temer tem 3% de aprovação, diz pesquisa CNI/Ibope

Na pesquisa anterior, a popularidade de Temer já havia caído a seu nível mais baixo entre os ex-presidentes

Postado em: 28-09-2017 às 11h50
Por: Márcio Souza
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Na pesquisa anterior, a popularidade de Temer já havia caído a seu nível mais baixo entre os ex-presidentes

A popularidade do presidente
Michel Temer continua em queda, segundo a Confederação Nacional da Indústria
(CNI). Este é o quarto trimestre consecutivo de piora na avaliação do governo
Temer. A pesquisa CNI-Ibope, divulgada hoje (28) mostrou que apenas 3% da
população consideram o governo Temer ótimo ou bom. Já 77% consideram ruim ou
péssimo; 16% avaliam com regular e 3% não sabem ou não responderam.

Na pesquisa anterior, a
popularidade de Temer já havia caído a seu nível mais baixo entre os
ex-presidentes. Em julho deste ano, 5% dos entrevistados avaliaram o governo
como ótimo ou bom, 21% como regular, 70% como ruim ou péssimo e 3% não souberam
ou não responderam.

A popularidade do presidente
Michel Temer caiu a seu nível mais baixo. Segundo a CNI, a avaliação do governo
como ótimo ou bom é a pior desde o final do governo de José Sarney, em julho de
1989, que foi 7%.

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Segundo a pesquisa da CNI, o
aumento da impopularidade também foi registrado pelo número de pessoas que
dizem não aprovar a maneira do presidente governar ou que não confiam no
presidente. O percentual dos entrevistados que confiam em Temer caiu de 10%, em
julho, para 6%, em setembro. Já 92% não confiam no presidente; na última
avaliação, esse percentual era de 87%.

O índice que desaprova a maneira
do presidente Temer governar também subiu de 83% para 89%. Entre os que aprovam
a maneira de governar, eram 11% em março, agora são apenas 7%.

Entre as notícias mais lembradas
pela população estão as que tratam da corrupção no governo, da Operação Lava
Jato e a liberação para exploração mineral na Reserva Nacional de Cobre e
Associados (Renca) exploração de minério. Para 68% dos entrevistados, o
noticiário recente é desfavorável ao governo; enquanto 9% avaliam que as
notícias recentes têm sido favoráveis; e para 12% elas não são favoráveis, nem
desfavoráveis.

Para o gerente-executivo de
Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, a popularidade muito
baixa nesse momento tem dois componentes. “Nessa mudança [da avaliação] de
julho para setembro, o debate todo em torna da Amazônia afetou essa avaliação.
E, por mais que se tenha indicadores mostrando a evolução gradual da economia,
a população não está percebendo isso ainda, não vê melhoras”, disse, explicando
que a questão econômica é sempre muito atrelada à avaliação do governo.

A aprovação do atual governo caiu
mais entre os entrevistados com renda familiar mais alta. Das pessoas com renda
familiar acima de cinco salários mínimos – faixa mais alta de classificação da
pesquisa – o percentual dos que o consideram ruim ou péssimo subiu de 75% para
86%. Ainda assim, na comparação com os diferentes estratos de renda familiar,
esse é o grupo onde a popularidade do governo é mais elevada (12%).

Avaliação por área

Duas áreas registram
significativa variação no percentual de desaprovação no período, acima da
margem de erro. A área de meio ambiente, que em julho era desaprovada por 70%
da população, passou a ter umar reprovação de 79% e a aprovação teve queda de
21% para 15%. Já a desaprovação da área de educação subiu de 75% para 81% e a
aprovação caiu de 22% para 17%.

Ainda assim, na comparação com
julho, não há mudanças no ranking das áreas avaliadas. A pior avaliação do
atual governo refere-se aos impostos e à taxa de juros. Os índices de
desaprovação nestas áreas são, respectivamente, de 90% e 87%. Em seguida,
aparecem a saúde (86%), o combate ao desemprego (85%) e a segurança pública
(85%).

Perspectivas

As perspectivas para o tempo
restante do governo também não são positivas, segundo a CNI. Para 72% dos
entrevistados, o restante do governo será ruim ou péssimo, para 17% será
regular e para 6% será ótimo ou bom.

Para 59% dos entrevistados, o
governo Temer está sendo pior que o governo da presidente Dilma Rousseff. Em
março, esse índice era de 52%. Já 8% acham que o governo Temer está sendo
melhor e 31% consideram igual ao governo Dilma.

O levantamento foi realizado com
2 mil pessoas, em 126 municípios, entre os dias 15 e 20 de setembro e revela a
avaliação dos brasileiros sobre o desempenho do governo federal. A pesquisa
completa está disponível na página da CNI. A margem de erro da pesquisa é 2% e
o nível de confiança utilizado é 95%. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução

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