Cargo de presidente da Assembleia Legislativa desperta interesse antes mesmo das eleições de outubro

Pelo menos dois nomes já estão de olho na sucessão de Lissauer

Postado em: 09-02-2022 às 08h45
Por: Marcelo Mariano
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Pelo menos dois nomes já estão de olho na sucessão de Lissauer | Foto:

Os nomes que estarão na disputa por uma das 41 cadeiras de deputado estadual ainda não estão totalmente definidos. Além disso, claro, nem sequer se sabe os eleitos nas próximas eleições. Já há, contudo, quem esteja pensando no cargo de presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) a partir de 2023.

Nos bastidores, a leitura é a de que Lissauer Vieira (de saída do PSB), atualmente na função, deixará um vácuo a ser preenchido. Pré-candidato a deputado federal, ele não poderia tentar mais uma reeleição, mesmo se permanecesse na Alego.

A gestão de Lissauer como presidente da Assembleia Legislativa é considerada eficiente por parlamentares tanto da base quanto da oposição, que o elogiam por dar voz aos diferentes lados e priorizar o Legislativo como instituição.

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De fato, Lissauer se tornou uma das pessoas mais influentes que passaram por esse cargo nos últimos anos. Tanto é que chegou a ser cotado como vice na chapa do governador Ronaldo Caiado (DEM/União Brasil) e agora é tido como um provável campeão de votos para deputado federal.

Substituí-lo, portanto, não será tarefa fácil. Apesar disso, há pelo menos dois nomes de olho em sua sucessão. Um deles é o deputado estadual Bruno Peixoto, atual líder do governo Caiado na Alego. Ele, aliás, deve trocar o MDB pela União Brasil, resultado da fusão entre DEM e PSL, durante a janela partidária, que se encerra no dia 2 de abril.

Bruno Peixoto ainda não fala sobre o assunto abertamente, até porque ninguém falaria antes do resultado das urnas, mas a reportagem apurou que ele já teria confirmado a aliados que demonstra interesse.

Vale lembrar que passar de líder do governo para presidente da Assembleia Legislativa é visto como um caminho natural e não seria uma novidade. Recentemente, foi o que aconteceu, por exemplo, com José Vitti (sem partido).

Em 2016, o então deputado estadual, hoje assessor executivo de Caiado, estava como líder do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e, em seguida, foi eleito para o cargo ocupado por Lissauer na atual legislatura.

Outro nome é o do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) Sebastião Tejota, deputado estadual entre 1991 e 2003. A propósito, nos seus últimos quatro anos de mandato, ele foi presidente da Alego.

Para concorrer mais uma vez a uma cadeira na Assembleia Legislativa, ele precisaria se aposentar do TCE-GO. Essa é uma chance cada vez mais real, a depender das articulações que envolvem seu filho, o vice-governador Lincoln Tejota (Cidadania).

A ideia é indicar o deputado estadual Humberto Aidar (MDB), anteriormente cotado para uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO), ao posto que ficará aberto com a eventual aposentadoria de Sebastião.

Dessa forma, Lincoln iria para o TCM-GO. Se isso não ocorrer, o vice-governador seria candidato a deputado estadual e seu pai permaneceria no TCE-GO. De qualquer forma, é certo que algum dos Tejota lançará candidatura, e a de Sebastião é pensada juntamente com a opção de ser também presidente da Alego.Tradicionalmente, o governador tem influência na escolha do cargo. Caiado é favorito, mas, se vencerem Marconi ou o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), por enquanto os dois principais governadoriáveis de oposição, mais possibilidades tendem a surgir. Marconi conta com o apoio de poucos parlamentares, nem mesmo alguns de seu próprio partido. Mendanha também não tem muitos aliados na Assembleia Legislativa. Por outro lado, cabe ressaltar que, quando um novo governador é eleito, é comum que oposicionistas passem para a base sem resistência.

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