PSD pode apoiar ‘qualquer um’, diz o presidente da sigla, Vilmar Rocha, sobre governadoriáveis

Em meio a rumores de que partido está rachado entre Ronaldo Caiado e Gustavo Mendanha, presidente estadual da sigla não descartou nem Marconi Perillo

Postado em: 23-02-2022 às 08h34
Por: Marcelo Mariano
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Em meio a rumores de que partido está rachado entre Ronaldo Caiado e Gustavo Mendanha, presidente estadual da sigla não descartou nem Marconi Perillo

O presidente do PSD em Goiás, Vilmar Rocha, disse ao jornal O Hoje que prefere não comentar sobre as especulações de que o partido está rachado em relação a quem apoiará na disputa pelo Palácio das Esmeraldas.

Nos bastidores, esse cenário já havia sido levantado pelo menos desde o final do ano passado diante da demora do PSD em definir se prefere estar na chapa do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) ou do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido).

Após declarações públicas de membros da própria sigla, como o deputado federal Francisco Jr, os rumores ganharam ainda força nos últimos dias. Mesmo assim, Vilmar garante que a decisão só será tomada mais adiante.

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Por enquanto, o presidente estadual da legenda ressalta que a prioridade é a formação de chapas para deputado estadual e deputado federal. A janela partidária, período em que candidatos nas próximas eleições podem trocar de partido, vai até o dia 1º de abril.

Depois disso, o PSD se dedicará exclusivamente a dar musculatura à pré-campanha de Henrique Meirelles ao Senado. Perguntado se toparia estar na chapa até mesmo do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), Vilmar respondeu que nada está descartado. “Pode ser qualquer um”, frisou. “O jogo está aberto.”

Em seguida, contudo, ele fez uma ressalva: não há chances de coligar com o deputado federal Vitor Hugo (de saída da União Brasil), nem com o ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Wolmir Amado (PT), os nomes preferidos em Goiás do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Lula (PT), respectivamente.

Ex-presidente do Banco Central, ex-ministro da Fazenda e atual secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Meirelles estaria balançando sobre realmente tentar uma vaga de senador por Goiás ou se concentrar na elaboração do plano econômico do governador paulista e pré-candidato a presidente pelo PSDB, João Doria.

Conforme apurado pela reportagem, ele teria abordado o assunto com lideranças políticas durante um jantar recente, no qual marcou presença o presidente estadual do Progressistas (PP), Alexandre Baldy, outro senadoriável. O prazo final para bater o martelo é na convenção partidária, marcada para ocorrer entre o final de julho e o início de agosto.

Porém, Vilmar reforça que Meirelles, cujo desempenho nas pesquisas está entre os melhores, segue animado com sua candidatura. Ainda sem agenda no estado em 2021, ele desembarca em Goiás nesta semana para uma série de reuniões com prefeitos, deputados e demais políticos.

Nacional

Para as eleições presidenciais, o PSD ainda tem o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, como pré-candidato, mas, sem decolar nas intenções de voto, ele está cada vez mais descartado. “Parece que ele não quer aceitar a candidatura”, segundo Vilmar. “[O presidente nacional da sigla, Gilberto] Kassab deu até março como limite.”

Como alternativa, o partido trabalha para ter em seus quadros o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que perdeu as prévias tucanas para Doria. “Queremos candidato próprio para manter a união do partido e dar uma identidade”, disse Vilmar.

Leite, no entanto, está com planos de ir estudar no exterior a partir de 2023. Ele também já deu indícios de que poderia tentar a reeleição, mas seu nome favorito para sucedê-lo é o da prefeita de Pelotas e sua ex-vice na cidade, Paula Mascarenhas (PSDB).

Paralelamente, Kassab busca se aproximar de Lula, embora ainda não fale em público sobre apoio ao petista no primeiro turno. Caso o PSD fique sem candidato a presidente, a tendência é a de liberar os diretórios estaduais para fazer as alianças que preferirem. No caso de Goiás, essa é uma hipótese, por ora, fora do radar.

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