Dodge acusa Wesley Batista de usar delação para ter “lucro fácil”

PGR afirma que a atitude do empresário foi de “deslealdade” com o Ministério Público Federal

Postado em: 07-10-2017 às 15h00
Por: Márcio Souza
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PGR afirma que a atitude do empresário foi de “deslealdade” com o Ministério Público Federal

A procuradora-geral da República,
Raquel Dodge, defendeu junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a manutenção da
prisão do empresário Wesley Batista, um dos donos da JBS. Ele foi preso no mês
passado por ter supostamente praticado crime de “insider trading” ao utilizar
informações privilegiadas sobre a delação premiada de empresários do grupo para
operar no mercado financeiro. Dodge afirma que empresário usou a delação para
ter “lucro fácil”. A manifestação é sobre um pedido de liberdade feito pela
defesa de Wesley ao STF.

“Ao invés de representar espaço
de conscientização e arrependimento a respeito dos crimes já praticados, o
acordo de colaboração representou, aos olhos do reclamante, oportunidade de
lucro fácil, mediante o cometimento de novos crimes”, afirma Dodge em trecho do
documento, protocolado nessa sexta-feira no STF.

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Ela afirma que a atitude do empresário foi de
“deslealdade” com o Ministério Público Federal e que o acordo de delação premiada
não abrange crimes praticados que não foram confessados pelos delatores ou
realizados por eles após a celebração do acordo. 

Com informações do Jornal O Globo. Foto: Leonardo Bessanatto/Reuters 

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