“Manutenção de sistemas” prolonga carnaval de vereadores e servidores

Suspensão da única sessão prevista para essa semana foi divulgada no site oficial do Legislativo às 16h45 de ontem. Com isso, vereadores voltarão ao plenário apenas na próxima terça, dia 8

Postado em: 03-03-2022 às 07h46
Por: Felipe Cardoso
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Suspensão da única sessão prevista para essa semana foi divulgada no site oficial do Legislativo às 16h45 de ontem. Com isso, vereadores voltarão ao plenário apenas na próxima terça, dia 8 | Foto: Reprodução

A Câmara Municipal de Goiânia divulgou, aos 45 do segundo tempo, uma notícia bastante agradável aos servidores e vereadores do Parlamento: o cancelamento da única sessão prevista para a semana de carnaval.

O encontro desta quinta-feira (3/3) seria o único da semana, haja vista que os de terça (1/3) e quarta (2/3) foram suspensos em decorrência do feriado. Sendo assim, vereadores e servidores do Legislativo municipal só voltarão ao plenário na próxima terça-feira (8/3), ganhando, além dos dias já afastados, outros seis de folga. 

No comunicado divulgado às 16h45 da última quarta, a assessoria de imprensa da Mesa Diretora chamou atenção para uma “manutenção programada” em seus sistemas eletrônicos de tramitação de projetos. E completou para o agrado de gregos e troianos: “Em razão disso, o plenário não realizará a Sessão Ordinária programada para amanhã [quinta-feira]”.

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Os ajustes serão realizados, segundo o Parlamento, no Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP), que completa 30 dias de implantação nesta quinta.

Pelo menos dois motivos mostram que o principal prejudicado é, sem dúvidas, o cidadão goianiense. O primeiro deles diz respeito aos gastos. Conforme mostrado pelo O Hoje em reportagem divulgada em 18 de fevereiro, a Câmara Municipal de Goiânia, com seus 35 vereadores, teve um gasto médio de R$ 318 mil por dia nos últimos 12 meses do ano passado. A cifra pode ser traduzida de outras duas formas: mais de 114,5 milhões ao ano ou mais de 9.5 milhões ao mês.  

Por outro lado, há também um prejuízo social considerável. Na pauta desta quinta, por exemplo, os vereadores decidiriam –caso a sessão ocorresse– sobre a proibição para interrupção da prestação de serviços de água, esgoto e energia elétrica durante o estado de calamidade pública. 

A matéria, assinada pelo vereador Leandro Sena –líder do partido do prefeito na Casa– foi barrada em sua integralidade por Rogério Cruz (Republicanos), cabendo aos vereadores decidirem se o veto merece, ou não, ser derrubado. 

Como a maioria dos eleitos costumam acompanhar os passos do prefeito, a tendência é que a matéria de Sena seja vencida. O vereador garante que brigará pelo contrário. 

“Eu sempre me manifesto naquilo que proponho e dessa vez não será diferente. Vou fazer um encaminhamento de voto pela derrubada desse veto, mas cada um tem a sua forma de pensar e a Câmara a cada dia vive um momento”, disse à reportagem. 

O parlamentar argumenta que inúmeras famílias seguem sem condições de arcar com certas despesas, mesmo depois de dois anos da pandemia. “Os impactos da covid-19 ainda são realidade na vida da população carente. Seria uma medida muito importante para a cidade”. 

Apesar da seriedade que a discussão requer, a população que ainda sofre com os reflexos da Covid-19 vai precisar aguardar mais um pouco. Na semana que vem, quem sabe, poderão descobrir como os vereadores vão se comportar diante desta e de outras matérias importantes.

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