Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Alego deve analisar projeto que proíbe participação de transexuais em competições esportivas

Proposta pelo deputado Cairo Salim (Pros), matéria tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Redação; confira o que disse o parlamentar

Postado em: 09-03-2022 às 19h18
Por: Carlos Nathan Sampaio
Imagem Ilustrando a Notícia: Alego deve analisar projeto que proíbe participação de transexuais em competições esportivas
Proposta pelo deputado Cairo Salim (Pros), matéria tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Redação; confira o que disse o parlamentar. Na foto, Tifanny Abreu, do Sesi Vôlei Bauru, SP | Foto: reprodução

Como se não houvessem problemas mais graves para serem resolvidos, o deputado Cairo Salim (Pros) propôs um projeto de lei que visa proibir a participação de atletas identificados como transexuais em equipes e times participantes de competições e eventos esportivos em Goiás. A matéria, que tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deve ser analisada em breve.

De acordo com Cairo, a proibição estaria relacionada à presença desses atletas em competições coletivas ou individuais “destinadas a participantes do sexo oposto ao de seu nascimento”. O projeto também versa sobre a proibição da expedição de alvará de realização de evento para competições e eventos esportivos que inscreverem pessoa “transexual” em equipes e times esportivos e em competições, eventos e disputas de modalidades esportivas, coletivas ou individuais, próprias do sexo biológico oposto ao desta.  

Segundo o texto da proposta, no ato de pedido de expedição de alvará, os requerentes deverão preencher declaração em formulário próprio informando não haver atletas identificados como “transexuais” em modalidades esportivas, coletivas ou individuais, próprias do sexo biológico ao daqueles.  

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Define-se como transexual, segundo a matéria, a pessoa que, “inconformada com o sexo biológico ao qual pertence, opta pela alteração cirúrgica do corpo a fim de emular o sexo biológico oposto ao seu ou pela alteração do registro civil para fazer constar nome comum ao sexo biológico oposto ao do seu nascimento”. 

Aos que descumprirem a determinação, caso a iniciativa se torne lei, é previsto a revogação imediata do alvará de realização de evento e pagamento de multa administrativa no valor de R$ 10 mil.  

Em justificativa, o parlamentar ressalta que “a tão falada e desastrosa ideologia de gênero defende que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria identidade, ou seja, seu gênero”. O deputado diz que tal argumento é pseudocientífico e de clara “ordem político-partidária”, e tem gerado “um número gigantesco de absurdos”, especialmente por parte de conselhos escolares “altamente sindicalizados, vinculados à esquerda militante”.  

Ao finalizar sua justificativa, Salim se dirige aos colegas deputados: “Tenhamos a coragem necessária para defender nossas filhas, irmãs e mulheres, pois uma tirania se avizinha sobre elas, pronta para retirar seus direitos mais básicos em nome da homogeneização despótica”. O projeto será relatado na CCJ pelo deputado Talles Barreto (PSDB). 

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