Quais candidatos os ex-governadores que estão vivos devem apoiar nas próximas eleições 

Dos seis ex-ocupantes do Palácio das Esmeraldas ainda vivos, apenas dois, ou no máximo três, devem ser candidatos no pleito de outubro

Postado em: 19-03-2022 às 08h20
Por: Marcelo Mariano
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Dos seis ex-ocupantes do Palácio das Esmeraldas ainda vivos, apenas dois, ou no máximo três, devem ser candidatos no pleito de outubro | Foto: reprodução

Após as mortes de Maguito Vilela, Helenês Cândido, Ary Valadão e Iris Rezende no ano passado, apenas seis ex-governadores de Goiás ainda estão vivos: Irapuan Costa Júnior, Agenor Rezende, Naphtali Alves, Alcides Rodrigues, Marconi Perillo e José Eliton.

Eleito governador indiretamente pela Assembleia Legislativa em 1975, Irapuan permaneceu no cargo até 1979. Hoje, ele é ligado a Marconi e, portanto, deve acompanhar a sua decisão nas próximas eleições.

Marconi era considerado azarão no pleito de 1998, mas conseguiu derrotar o favorito Iris. Foi reeleito em 2002 e conseguiu outros dois mandatos, de 2011 a 2014 e de 2015 a 2018. Em 2022, ele pode tentar voltar ao Palácio das Esmeraldas ou se candidatar ao Senado.

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Se escolher a segunda opção, a tendência é a de que apoie a candidatura do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), ao governo estadual. Logo, em outubro, Irapuan estará com Marconi ou com Mendanha.

O cenário é praticamente o mesmo para Eliton. Indicado pelo hoje governador Ronaldo Caiado (União Brasil) para ser vice de Marconi em 2010, ele assumiu o comando do estado em abril de 2018, ficando no Palácio das Esmeraldas até o final daquele ano.

Eliton buscou a reeleição. No entanto, perdeu para o seu ex-aliado Caiado. Atualmente presidente licenciado do PSDB em Goiás, ele caminhará ao lado do partido no pleito de outubro, ou seja, Marconi ou Mendanha.

Alcides, assim como Eliton, era vice de Marconi e virou governador, em 2006, nos últimos meses de mandato, mas, diferentemente de Eliton, obteve sucesso na tentativa de reeleição, deixando o Palácio das Esmeraldas só em 2010.

Ele rompeu politicamente com Marconi ainda durante seu governo. Porém, podem estar no mesmo palanque em 2022. Alcides foi eleito deputado federal em 2018 e está filiado ao Patriota, legenda que já declarou apoio ao prefeito de Aparecida de Goiânia.

A propósito, Marconi e Alcides, os únicos eleitos diretamente, também são os únicos ex-governadores que devem ser candidatos nas próximas eleições. O primeiro, como dito, a governador ou ao Senado, enquanto o segundo quer continuar na Câmara dos Deputados, em Brasília. Em relação a Eliton, ainda não se sabe se ele disputará algum cargo.

Por sua vez, Agenor ocupava a presidência da Assembleia Legislativa quando se tornou governador, em 1994. Iris deixou o cargo para concorrer a senador. Como naquela época não podia se reeleger, Maguito, que assumiria a função por ser o vice, também teve que sair, já que era o candidato do MDB ao Palácio das Esmeraldas.

Em outubro do ano passado, Agenor teria supostamente se manifestado a favor da candidatura de Mendanha durante encontros no interior. Contudo, no mês seguinte, ele se reuniu com Caiado e Daniel Vilela, que será candidato a vice na chapa governista, a qual sinalizou apoio.

O prefeito de Aparecida de Goiânia, vale lembrar, deixou o MDB, no final de setembro de 2021, justamente por discordar da aliança que definiu Daniel, presidente estadual da sigla, como o vice de Caiado.

Agenor é um emedebista histórico e, como tal, dificilmente seria contrário à decisão final do partido, mesmo que, no início, pudesse defender uma candidatura própria. O mesmo vale para Naphtali, que, aliás, foi vice de Maguito, antes de ter assumido como governador, em 1998, e é ligado ao vilelismo.

Logo, pode-se concluir que, dos seis ex-governadores, dois tendem a estar com Caiado (Agenor e Naphtali), um com Mendanha (Alcides) e três com Marconi (Irapuan e Eliton, além dele próprio) ou com o prefeito de Aparecida de Goiânia, a depender dos rumos que o PSDB tomar. (Especial para O Hoje)

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