TSE e Exército estudam acordo para monitorar fake news nas eleições

O assunto gerou polêmica recentemente após ter sido incluído na reforma política aprovada pelo Congresso

Postado em: 25-10-2017 às 13h10
Por: Márcio Souza
Imagem Ilustrando a Notícia: TSE e Exército estudam acordo para monitorar fake news nas eleições
O assunto gerou polêmica recentemente após ter sido incluído na reforma política aprovada pelo Congresso

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Ministério da Defesa
criaram um grupo de trabalho para analisar o combate a crimes cibernéticos, no
qual o Exército poderá atuar no monitoramento das fake news, boatos
disseminados em redes sociais com potencial de influenciar as eleições.

O assunto foi discutido hoje (25) numa reunião entre o
presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, e os ministros da Defesa, Raul
Jungmann; do Gabinete de Segurança Institucional, general Sergio Etchegoyen, e
da Justiça, Torquato Jardim.

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“Creio que avançamos bem na questão do acompanhamento pela
internet, de problemas de fake news”, disse Gilmar Mendes em entrevista após o
encontro. “Precisamos realmente acompanhar essa nova realidade, que teve
repercussão em várias eleições”, acrescentou o ministro, que citou como exemplo
o escândalo nas últimas eleições presidenciais da França que ficou conhecido
como Macron Leaks.

Gilmar Mendes informou que se reunirá em breve com juízes
responsáveis por analisar questões ligadas à propaganda eleitoral para discutir
as fake news. Segundo ele, a Justiça Eleitoral deve baixar resoluções que
disciplinem o tema para o pleito do ano que vem.

O assunto gerou polêmica recentemente após ter sido incluído
na reforma política aprovada pelo Congresso. Em um de seus artigos, o texto
previa que os provedores de aplicativos e redes sociais seriam obrigados, mesmo
sem ordem judicial, a suspender publicações quando estas fossem denunciadas por
serem falsas ou incitarem o ódio durante o pleito.

Após ser apontado por entidades da sociedade civil como uma
possível tentativa de censura, o presidente Michel Temer decidiu vetar o
artigo. 

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