“Vai tarde”, diz Bia de Lima sobre saída de ministro da Educação de Bolsonaro, Milton Ribeiro

Presidente do Sintego criticou “liberação de verbas para apadrinhados”

Postado em: 29-03-2022 às 05h40
Por: Felipe Cardoso
Imagem Ilustrando a Notícia: “Vai tarde”, diz Bia de Lima sobre saída de ministro da Educação de Bolsonaro, Milton Ribeiro
Presidente do Sintego criticou “liberação de verbas para apadrinhados” | Foto: reprodução

O Governo Federal anunciou, na última segunda (28), a saída do ministro da Educação, Milton Ribeiro. Ele é o quarto titular do governo Bolsonaro a deixar a posição. Ao comentar a debandada do pastor e professor, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, disse que Ribeiro “vai tarde”.

Ao O HOJE, Bia disparou: “[Tivemos] situações mais absurdas e que vem deixando a Educação do País à margem. O propósito [do ministro na pasta] ficou nítido: a distribuição de recursos para apadrinhados”. Atitude considerada, por Bia, “horrível”. “Vai tarde esse ministro, nós queremos que a Educação seja respeitada nesse País”.

Nos bastidores, a informação é de que aliados do presidente teria convencido Bolsonaro a remover o ministro do MEC para evitar um eventual desgaste eleitoral. A baixa vem na esteira de uma reportagem divulgada pelo jornal Estadão sobre a existência de um “gabinete paralelo” composto por pastores. Os religiosos detinham, segundo a matéria, controle das verbas da pasta.

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Em uma gravação vazada, o ministro chegou a dizer que dois pastores indicavam a liberação dos repasses. Ambos agiam, supostamente, a pedido do presidente.

Alguns prefeitos denunciaram pedidos de pagamento de proprina a troco de favorecimento na liberação dos recursos. Além de dinheiro, há quem tenha exigido, inclusive, pagamento em ouro. Diante da situação, ministro resolveu pedir exoneração do cargo que ocupava no alto escalão do governo.

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