Quinta-feira, 28 de março de 2024

Sergio Moro e João Doria devem desistir da disputa pela Presidência da República

O anúncio das desistências geram abalos, tanto no partido tucano, quanto no Podemos; Eduardo Leite deve se beneficiar com as decisões

Postado em: 31-03-2022 às 13h53
Por: Jennifer Neves
Imagem Ilustrando a Notícia: Sergio Moro e João Doria devem desistir da disputa pela Presidência da República
O anúncio das desistências geram abalos, tanto no partido tucano, quanto no Podemos; Eduardo Leite deve se beneficiar com as decisões | Foto: Reprodução

O ex-juíz da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou sua decisão de sair do Podemos e se filiar ao União Brasil, nesta quinta-feira (31). Ele teria sua pré-candidatura à presidência da República lançada pelo antigo partido, mas desistiu da disputa. O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), também anunciou a aliados sobre sua desistência à Presidência da República. Além disso, o tucano tampouco vai tentar reeleição como governador, com o objetivo de deixar a vida pública até o final do mandato, em dezembro deste ano.  

Sergio Moro

A decisão de Moro foi tomada no último dia de troca de partido, em que tem a janela partidária encerrada nesta sexta-feira (01/04). Agora, existem duas possibilidades: ser vice na chapa de Eduardo Leite ou ser candidato ao Senado ou à Câmara dos Deputados.  

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Com a também desistência de João Doria, Moro e a equipe avaliam a possibilidade de Leite se fortalecer e se tornar uma 3ª via. Caso contrário, ele pode disputar pela vaga no Senado ou na Câmara. O ex-juíz terá reunião com a equipe de campanha e avaliará a melhor decisão. 

Além disso, a decisão de Moro prejudica os senadores do Paraná Oriovisto Guimarães e Álvaro Dias, que apostaram em sua candidatura pelo Podemos.

João Doria

O tucano venceu em primeiro turno, em novembro do ano passado, as prévias do PSDB. À época, ele obteve a maioria dos votos e ultrapassou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto. 

Na sigla, a disputa foi marcada por divergências entre os pré-candidatos. Durante a campanha, Leite e Doria tiveram desentendimentos e, além disso, a demora para conclusão da votação gerou uma crise entre os governadores. 

De acordo com a última pesquisa do Datafolha elaborada entre 22 e 23 de março, com a presença de Doria no 1º turno. Nos dois cenários considerados, ele teria 2% das intenções de voto, percentuais menores do que o registrado pela pesquisa de dezembro. Já segundo a pesquisa Ipec, feita entre 9 e 13 de dezembro do ano passado, Doria tinha 2% no cenário com 12 candidatos e 3% com 5 candidatos. 

Após deixar a prefeitura de São Paulo, o tucano foi eleito governador do estado, portanto, pode se reeleger nas próximas eleições. Entretanto, o pré-candidato do PSDB em São Paulo é Rodrigo Garcia, vice-governador e secretário do governo Doria. A desistência de Doria à Presidência deixou Garcia irritado, que pediu demissão do cargo de secretário, mesmo tendo que deixar o posto até o fim desta semana pela disputa da eleição. 

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