Assembleia discute segurança nas escolas

No debate, mediado pelo deputado Jeferson Rodrigues (PRB), foi ventilada entre os convidados a ideia de instalação de detectores de metais na porta das escolas da Capital e do interior do Estado

Postado em: 01-11-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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No debate, mediado pelo deputado Jeferson Rodrigues (PRB), foi ventilada entre os convidados a ideia de instalação de detectores de metais na porta das escolas da Capital e do interior do Estado

A prevenção à violência nas escolas, como a que marcou a tragédia no Colégio Goyases, em Goiânia, no último dia 20, foi pauta de audiência pública ocorrida nesta terça (31), na Assembleia Legislativa de Goiás. No debate, mediado pelo deputado Jeferson Rodrigues (PRB), foi ventilada entre os convidados a ideia de instalação de detectores de metais na porta das escolas da Capital e do interior do Estado. A proposta, entretanto, acabou minimizada pela mesa diretiva, da qual participou o deputado federal por Goiás João Campos (PRB).

Na avaliação de João Campos, é preciso estabelecer indicadores do comportamento dos alunos dentro das instituições de ensino. “Penso que colocar isso em debate tem tudo a ver com a atividade parlamentar e sua essência. O fato ocorrido no ambiente da Escola Goyases acabou deixando todos nós em estado de luto. Menos mal que se trate de um caso isolado. Mas esse fato serve para nos conduzir a reflexão”, argumentou o político.

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O deputado Jeferson Rodrigues conclamou a sociedade e o poder público a atuarem juntos na segurança dentro das escolas goianas. “Quando levamos nossos filhos para escola, nós pensamos deixá-los em um local seguro”, afirmou o parlamentar.

Participaram também como debatedores o professor Flávio Roberto de Castro, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia e representante do Conselho Estadual de Educação; a professora Sandra de Lourdes, representante do Conselho Municipal de Educação; e a major Michela Bandeiras, representante do Batalhão Escolar do Comando de Policiamento da Capital.

Michela adiantou que a Polícia Militar é contrária à instalação de detectores de metais nas escolas. Segundo a major, os aparelhos causam constrangimentos por dispararem os alertas até mesmo pela presença de cadernos com espirais de metal. “Somos a favor de monitoramento com câmera e acompanhamento psicológico e familiar. Às vezes, colocamos toda a culpa na escola, mas nós, pais, temos a obrigação de acompanhar nossos filhos e orientar sobre questões de bullying”, frisou.

Sandra de Lourdes, ao falar pelo Conselho Municipal de Educação de Goiânia, observou que a violência sofrida pelas crianças e adolescentes é, muitas das vezes, ignorada pela sociedade. “Se fala muito em bullying, mas o que é isso? Como isso se constitui? É importante promover muitos debates”, recomendou.

Para o professor Flávio Roberto de Castro, o sistema educacional dá sinais evidentes de falência. Ele propôs que, devido a este alerta, as escolas se adaptem às demandas das novas gerações. “A comunidade precisa participar. Uma família que não participa da vida escolar do seu filho não sabe o que ocorre na escola e isso tira sua autoridade. O hábito dos pais de frequentar a escola garante que casos como da Escola Goyases não ocorram mais”, concluiu. (Allan David) 

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