Em meio às investigações, Planalto decreta sigilo em encontros de Bolsonaro e pastores lobistas do MEC

Os investigados são suspeitos de pedirem propina para liberação de recursos

Postado em: 13-04-2022 às 13h18
Por: Augusto Sobrinho
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Os investigados são suspeitos de pedirem propina para liberação de recursos | Foto: Reprodução

Em meio às diversas polêmicas envolvendo o Ministério da Educação (MEC) e pastores evangélicos, o Palácio do Planalto decretou, nesta quarta-feira (13/04), sigilo nos encontros entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Gilmar Santos e Arilton Moura. Ambos os religiosos são investigados pela Polícia Federal.

De acordo com uma reportagem do GLOBO, foram solicitados os registros das entradas e saídas dos dois pastores no Palácio do Planalto com base na Lei de Acesso à Informação. O pedido foi negado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GS) alegando que colocaria a vida do presidente e dos familiares em risco.

Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura estão sendo investigados por serem  suspeitos de pedirem prioridade para liberação de recursos do MEC para prefeituras. Em março, a Folha divulgou áudios em que o ex-chefe da pasta Milton Ribeiro afirmou ter essa prática a pedido do próprio Bolsonaro.

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Segundo o veículo, ambos se reuniram com Bolsonaro ao menos três vezes no Palácio do Planalto e uma no Ministério da Educação, com a presença de Milton Ribeiro. Além disso, eles estiveram ao menos 90 vezes na Câmara entre janeiro de 2019 e março de 2022 para encontros com parlamentares de diferentes legendas.

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