Governador alerta para retórica extremista na política

Na quinta-feira passada (1º), Marconi já havia falado sobre o assunto ao participar do lançamento do 42º Congresso da União Brasileira de Estudantes, (UBES), no Palácio das Esmeraldas

Postado em: 07-11-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Na quinta-feira passada (1º), Marconi já havia falado sobre o assunto ao participar do lançamento do 42º Congresso da União Brasileira de Estudantes, (UBES), no Palácio das Esmeraldas

Na solenidade de ontem, o governador Marconi Perillo voltou a alertar para o risco de recrudescimento na política, por conta do que ele classifica de retórica extremista, tanto da direita quando da esquerda. Ele disse estar cada vez mais convencido de que a retórica extremista, da direita ou da esquerda, não leva a nada. “O discurso fácil só serve para ganhar eleição, ou até para perder. Ele não colabora para garantir efetividade a políticas públicas consistentes que demandam tempo de maturação para que se materializem e a sociedade possa ganhar com isso”, ponderou.

Na quinta-feira passada (1º), Marconi já havia falado sobre o assunto ao participar do lançamento do 42º Congresso da União Brasileira de Estudantes, (UBES), no Palácio das Esmeraldas. No ato, ele disse considerar como “muito interessante” que os estudantes levantassem a discussão, durante o encontro em Goiânia, do debate sobre reforma política e financiamento de campanha. “Esse talvez seja um dos temais mais delicados hoje”, disse ele, em tom de alerta. “Se não fizermos uma boa regulamentação de campanhas, nós corremos o risco de termos alguns segmentos que possam piorar o Congresso Nacional, os parlamentos e os governos”.

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Naquela mesma semana, a pesquisa Ibope, que aponta para um segundo turno das eleições presidências de 2018 entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 35% da preferência do eleitorado brasileiro, e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), com 13%, acendeu o sinal amarelo no PSDB. É que os números não são favoráveis aos tucanos.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, aparece com apenas 5% das intenções de voto no cenário com Lula, ficando na quarta colocação; sem o petista, sobe para 7%, mas fica na quinta posição, atrás do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT).

O segundo e último nome do PSDB registrado no levantamento Ibope é o do prefeito de São Paulo, João Doria, na sexta posição, com 4% das intenções de voto, atrás do apresentador de TV Luciano Huck, que aparece com 5% no cenário com Lula. Sem o petista, Doria pontua 5%.

Diante do cenário nada favorável aos partidos de centro, João Doria defendeu a formação de uma frente ampla partidária para combater o favoritismo de Lula e Bolsonaro, considerando que num cenário sem o petista, o parlamentar venceria o pleito no segundo turno, numa disputa com a ex-senadora Marina Silva (Rede).

A frente, na concepção do prefeito de São Paulo, poderia ser composta pelo PSDB, PMDB, DEM, PPS, PP, PR, PRB, PV e parte do PSB, para combater numa chapa única o que classifica de “extremistas de esquerda e de direita”.

Se unidos, o tucano aposta numa vitória do grupo; dividido, ele diz que o grupo entregará a vitória para Lula e Bolsonaro. “Não reconhecer essa realidade é fugir dos fatos. Tanto Bolsonaro e Lula estão fortalecidos sim, mas é muito triste ao país ter só essas duas opções de extrema-esquerda ou direita”, disse. (Venceslau Pimentel) 

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