Maia diz que Temer deve procurar lideranças novamente para discutir Previdência

A reforma está paralisada desde que a Câmara recebeu do STF a primeira denúncia contra o presidente da República pelo crime de corrupção passiva, apresentada pela PGR, em 29 de junho

Postado em: 07-11-2017 às 13h20
Por: Márcio Souza
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A reforma está paralisada desde que a Câmara recebeu do STF a primeira denúncia contra o presidente da República pelo crime de corrupção passiva, apresentada pela PGR, em 29 de junho

O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia, voltou a defender hoje (7) que o presidente Michel Temer converse com os
líderes partidários para convencê-los sobre a reforma da Previdência. Antes de
seguir para o Palácio do Planalto, para se reunir com o presidente, o deputado
disse que não dá para estar tão otimista, porque o tema é polêmico, mas
necessário para evitar o aumento da dívida pública.

“[Acho que] O presidente [Temer]
deve chamar seus líderes dos partidos, individualmente, e tentar mais uma
conversa de forma bem tranquila, mostrando qual é o impacto da não realização
da [reforma da] Previdência já em 2018. A despesa da Previdência está crescendo
R$ 50 bilhões, R$ 60 bilhões por ano, e isso vai tornar o Brasil inviável em
pouco tempo. Nós vamos caminhar para uma relação dívida – PIB bruto
insustentável”, disse.

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A reforma está paralisada desde
que a Câmara recebeu do Supremo Tribunal Federal (STF) a primeira denúncia
contra o presidente da República pelo crime de corrupção passiva, apresentada
pela Procuradoria-Geral da República, em 29 de junho. O fato contribuiu para
dispersar o apoio dos partidos da base aliada à proposta de mudanças na aposentadoria.

Maia sinalizou que apoia o avanço
da proposta de forma reduzida, por meio de projeto de lei ou outra proposição
que necessite de menos votos. Por se tratar de uma emenda constitucional, a
proposta que altera as regras de acesso à aposentadoria precisa de pelo menos
308 votos entre os 513 deputados para ser aprovada. A votação deve ocorrer em
dois turnos.

O presidente da Câmara também
defendeu a aprovação de outros projetos que tramitam na Casa para conter o
rombo do orçamento público, como os que tratam de desoneração dos setores de
óleo e gás e a reformulação do sistema elétrico, gestão dos fundos de pensão, a
flexibilização das regras do licenciamento ambiental, além da recente proposta
do governo de privatização da Eletrobras. Na segunda-feira (6), o modelo de
desestatização foi apresentado pelo Ministério de Minas e Energia ao Palácio do
Planalto, que deve encaminhar ainda esta semana ao Congresso Nacional por meio
de projeto de lei.

“Acho que foi o caminho certo
[encaminhar por projeto de lei]. Você não pode querer vender um ativo por
medida provisória. Não é democrático a representação da sociedade por meio do
Parlamento não ser ouvida antes de uma decisão que eu acho que é positiva”,
disse Maia. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução

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