Meirelles diz que “reforma da Previdência não é uma questão de escolha”

“Do meu ponto de vista, os brasileiros poderiam se aposentar aos 45 anos de idade, não teria problema nenhum, desde que o país pudesse pagar por isso”, afirmou o ministro da Fazenda

Postado em: 07-11-2017 às 15h20
Por: Márcio Souza
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“Do meu ponto de vista, os brasileiros poderiam se aposentar aos 45 anos de idade, não teria problema nenhum, desde que o país pudesse pagar por isso”, afirmou o ministro da Fazenda

O ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, disse hoje (7), em São Paulo, que a reforma da Previdência não é
mais uma opção. “A reforma não é uma questão de escolha, ela terá que ser feita
em algum momento, é uma questão fiscal, numérica”. Ele comentou declaração dada
ontem (6) pelo presidente Michel Temer, em Brasília, sobre as dificuldades para
a aprovação da reforma da Previdência.

“O presidente reconheceu as
dificuldades, é um processo controverso em qualquer lugar do mundo, não há
dúvida. O presidente reconheceu esse fato para as lideranças partidárias que
ali estavam expressando as suas preocupações”, afirmou.

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Ele destacou que não vai recuar
por conta das dificuldades apresentadas, embora acredite que a idade [para a
aposentadoria] não é questão principal. “Do meu ponto de vista, os brasileiros
poderiam se aposentar aos 45 anos de idade, não teria problema nenhum, desde
que o país pudesse pagar por isso”, afirmou.

Crescimento das despesas previdenciárias
não é sustentável

Para o ministro, a questão é que
o crescimento das despesas previdenciárias no Brasil não é sustentável. “Não é
um problema de qual é a idade que se quer que as pessoas se aposentem; quanto
mais cedo as pessoas tiverem direito, melhor, desde que seja financiável a
Previdência Social pela sociedade brasileira”.

O ministro participou, em São
Paulo, do Congresso “Perspectivas Econômicas e Políticas no Brasil” organizado
pela Turnaround Management Association do Brasil (TMA), associação de advogados
especializados em recuperação judicial de empresas.

Meirelles apresentou o projeto de
lei de recuperação judicial. Segundo a proposta, as medidas vão beneficiar a
recuperação de micro e pequenas empresas. “É uma nova lei que cria um
arcabouço, um novo sistema para a recuperação judicial no país em linha com o
que prevalece hoje no mundo inteiro”, ressaltou.

Para ele, a nova lei de falências
representa uma modernização da legislação atual. “É um processo que visa em
última análise fazer com que a situação seja resolvida, a empresa saia mais
rapidamente da recuperação judicial, e trabalhadores, credores e acionistas
tenham a situação resolvida o mais rápido possível”.

O ministro disse que o projeto
será enviado ao Congresso Nacional na próxima semana. Segundo ele, o objetivo é
ajudar na retomada da economia e da geração de renda no país. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução

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