Lissauer confirma trabalhar por pré-candidatura ao Senado

Após hesitação, presidente da Alego afirmou que mudou de ideia por causa do incentivo de várias pessoas

Postado em: 11-05-2022 às 08h45
Por: Thauany Melo
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Após hesitação, presidente da Alego afirmou que mudou de ideia por causa do incentivo de várias pessoas | Foto: Carlos Costa/Alego

Após reiterar, em diversas ocasiões, que iria se afastar das eleições deste ano por questões pessoais, Lissauer Vieira (PSD) começou a colocar o nome na corrida para o Senado. Ao O Hoje, o político afirmou “estar trabalhando na questão da pré-candidatura a senador da república”.

Em fevereiro, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) cogitava disputar a cadeira na Câmara Federal, mas desistiu após a morte do pai. Desde então, o pessedista vinha hesitando em confirmar a pré-candidatura ao Senado.“A minha decisão, no momento da perda que eu tive, foi de me afastar do processo político, deixando a pré-candidatura a deputado federal, que era meu  objetivo lá atrás, para cuidar das questões familiares”, relembrou.

Lissauer Vieira explicou que começou a mudar de ideia a partir do grande incentivo vindo de diversas direções. “Fui abordado por várias pessoas, como lideranças políticas, classistas, entre outras, para permanecer, não deixar esse legado e continuar trabalhando. Então eu comecei a avaliar, conversando com a família, amigos, correligionários e políticos. O PSD é um partido grande que tem a pretensão de uma candidatura ao senado desde que Henrique Meirelles estava no páreo”, contou.

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“A não vinda dele [Henrique Meirelles} acarretou em uma conversa interna dentro do partido, onde me pediram permissão, mesmo sem compromisso, de lançar o meu nome para ver uma situação possível no futuro. Essas questões se afunilaram, de fato foram questões que me fizeram pensar, junto com a manifestação de apoio de várias pessoas que me fizeram refletir, pensar e até mesmo estar trabalhando essa questão da pré candidatura a senador da república”, concluiu o pessedista.

Lissauer contou que também tem trabalhado entre a base do governador em busca de consenso. “Hoje o governador tem vários pré-candidatos e eu respeito todos, por isso tenho trabalhado por uma convergência dessas candidaturas”, disse. “Vamos ver se é possível continuar dialogando para tentar aglutinar para que seja uma candidatura da base do governo com consenso”, completou.

Incentivo

Em abril, o deputado estadual Amauri Ribeiro (UB) entregou ao governador Ronaldo Caiado (UB) um ofício defendendo a candidatura de Lissauer como candidato ao Senado em sua chapa. De acordo com Amauri, o documento foi assinado por todos os deputados da base governista e, também, alguns da oposição.

No ofício, os deputados defendem que a sugestão ocorreu pelo bom desempenho de Lissauer na Alego. “A indicação do nome justifica-se em razão de sua exímia atuação à frente da Assembleia Legislativa durante duas legislaturas, tendo inclusive sido reeleito para o cargo de presidente, operando de forma dinâmica e republicana juntamente com os demais pares. Vale ressaltar, ainda, que a presença de Lissauer, ocupando uma das cadeiras do Senado, dará continuidade ao excelente trabalho que tem sido desenvolvido em nosso Estado por Vossa Excelência”, ressaltaram.

À época, Lissauer disse que ficou lisonjeado, mas adotou um discurso de cautela. “Mais uma vez os deputados me surpreenderam com esse gesto de carinho e reconhecimento. Eu nunca fui um homem de me acovardar e de correr de nenhum desafio, mas vejo que preciso primeiramente me consultar com Deus e com a minha família. Se for da vontade de Deus, o futuro está aí”, disse.

Saída de Meirelles

Primeira aposta do PSD, o ex-secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles, agora filiado ao União Brasil (UB), desistiu da candidatura a Senador em Goiás em março.

O político havia se filiado ao PSD em fevereiro de 2021 e colocou-se como pré-candidato ao Senado no final do mesmo ano. Ao publicar a carta de desistência, o político alegou que ajudaria mais o estado de Goiás se optasse por atuar na política econômica nacional.

“Ponderei sobre a possibilidade de ser candidato e, caso fosse essa a vontade do povo goiano, representar o nosso Estado no Congresso Nacional. No entanto, entendo que posso contribuir mais, para Goiás e o Brasil, trabalhando por um plano econômico que recoloque o País no eixo da prosperidade, que deixe de vez no passado o medo da inflação e da recessão”, escreveu Meirelles.

Se antes a vaga da disputa estaria reservada ao PSD, a saída de Meirelles e a hesitação de Lissauer fez com que as candidaturas avulsas ganhassem mais força na base governista. Entre os nomes da base que tentam alçar voo na corrida para senador estão: Luiz Carlos do Carmo (PSC), Alexandre Baldy (PP), Delegado Waldir (UB), João Campos (Republicanos) e Zacharias Calil (UB).

Queda de braço

Apesar de Marconi Perillo (PSDB) não ter anunciado se vai ou não concorrer a algum cargo político nas eleições deste ano, há expectativa de que ele vá para o Governo de Goiás ou Senado.  No último cenário, o tucano pode protagonizar uma queda de braço com Lissauer Vieira.

De acordo com a pesquisa Serpes/Acieg, divulgada no início do ano, o tucano liderava a preferência  com 16,6% das intenções de voto na avaliação estimulada.

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