Marconi sai em defesa de incentivos

Durante entrevista às rádios do interior, governador diz meta é promover o crescimento de Goiás

Postado em: 21-11-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Marconi sai em defesa de incentivos
Durante entrevista às rádios do interior, governador diz meta é promover o crescimento de Goiás

Em entrevista a emissoras de rádio para veículos do Sul e Sudeste do Estado, no Palácio das Esmeraldas, ele fez um resumo das ações do governo, para mostrar que o Estado se desenvolveu e alcançou o equilíbrio fiscal. “O governo fez a sua parte, nós fizemos a nossa parte, trabalhadores e empresários também fizeram a parte deles. E se não fossem os incentivos ficais que eu dou há 20 anos nós teríamos uma crise muito maior”, disse.

Há no Estado, de acordo com o governador, um parque industrial diversificado e um setor de serviços que são fundamentais para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). De R$ 17 bilhões, registrados em 1999, quando iniciou o seu primeiro mandato como governador, o PIB deve chegar, ao final de 2018, a R$ 180 bilhões. “O nosso PIB se multiplicou por mais de dez vezes. Isso se deu, graças às políticas certas, corretas do Governo do Estado”, frisou.

Continua após a publicidade

Durante a entrevista, Marconi voltou a comentar posicionamentos de empresários que buscam atribuir reajustes nos preços dos combustíveis à revisão da política de incentivos fiscais. “Infelizmente, algumas pessoas inescrupulosas usam redes sociais para mentir, transformar um fato desse como se fosse da responsabilidade da gente”, reagiu.

Segundo ele, os incentivos fiscais do etanol, em Goiás, é o maior do Brasil, e que mesmo se houvesse um aumento na tabela, o produto continuaria sendo o mais barato do país. Afirma que o setor tem recebido crédito outorgado, além de outros incentivos importante para o etanol.

Marconi garantiu que o etanol continuará com a menor alíquota do Brasil, e que essa política foi adotada para fomentar a vinda das usinas de álcool e de açúcar para Goiás. Da oitava posição como produtor de álcool, Goiás saltou para a segunda colocação. “Se não fosse a nossa política firme de incentivos fiscais, nós não teríamos transformado Goiás no segundo maior polo produtor sucroenergético do país”, pontuou.

Em outubro, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou à Secretaria da Fazenda, a revisão do programa de incentivos fiscais, adequando o corte em no mínimo 12,5%, em especial sobre as cadeias produtivas com menor risco econômico.

Para o órgão fiscalizador, há uma discrepância no que se refere a renúncia fiscal, em relação aos outros estados, que chega a 34,77%. A de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins e Bahia não passou de 5,77%, de acordo com relatório feito pelo TCE. O órgão disse considerar alarmante essa situação.

Na semana passada, a Sefaz enviou ofício ao TCE pedido a adequação do corte para 9%. Ainda não há uma resposta oficial do órgão fiscalizador.

Por conta desse cenário é que o governador reafirmou ser mentira os boatos sobre reajustes abusivos no preço do etanol. “Então, o que disseram é mentira. É claro que nós sempre tivemos aqui uma política mais agressiva para o etanol, afinal de contas, nós produzimos o produto. É impossível não distinguir a alíquota de etanol da de gasolina, até porque nós queremos estimular o combustível não emissor de gases, um combustível limpo de energia renovável”.

O governo, conforme Marconi, “provou que estava do lado do consumidor, primeiro, ao abrir toda a planilha de custos, de formação de preços e de custos da gasolina; segundo, ao divulgar, a partir de agora, diariamente, os valores mínimos, médios e máximos que são cobrados em todos os postos de gasolina”.

A decisão foi tomada, segundo explicou durante a entrevista, para que não pairem dúvidas sobre a orientação do governo. “Infelizmente, na política e na vida, existem pessoas que aproveitam da oportunidade para tentar aparecer e desmoralizar terceiros. Quem informou que o governo de Goiás teria algum tipo de responsabilidade naquele episódio caiu do cavalo”. Ele frisou que muitos não imaginavam que ele fosse solicitar ao Procon providências duras, ou que fosse ao Tribunal de Justiça pedir a revogação dos aumentos; e ainda propusesse a divulgação no site da Secretaria da Fazenda toda composição de custo da gasolina aqui no Estado. 

Disputa à presidência não está no projeto do tucano 

Ao ser indagado se estaria propenso a colocar seu nome à disposição do PSDB para disputar a Presidência da República, em 2018, Marconi Perillo disse que isso não faz parte do seu projeto político. “Eu não sou candidato à presidência da República. Eu me coloquei à disposição do partido para presidi-lo com o objetivo de ajudá-lo na busca da sua unidade”, pontuou.

O governador salientou que o partido tem outros candidatos a presidente, que já estão mais posicionados. Ele reafirmou sua disposição de disputar a presidência do diretório nacional do PSDB. “E, se eu for presidente do PSDB, eu trabalharei para que o partido discuta com a sociedade organizada um bom plano para o País, um plano econômico, um plano social, principalmente um plano social – voltada para a geração de empregos. Também a defesa de algumas teses que serão muito importantes para o período eleitoral do ano que vem”, aponta.

Em síntese, disse que pretende usar sua experiência como governador. “Respeito a todos atores que estão na política ou que estão em outras áreas”, disse. 

Baldy, novo ministro das Cidades, visita governador 

Um dia depois de ser escolhido para substituir Bruno Araújo (PSDB-PE) no Ministério das Cidades, o deputado federal goiano Alexandre Baldy visitou o governador Marconi Perillo (PSDB), na manhã de ontem, para dizer que está comprometido com projetos e investimentos que dizem respeito ao desenvolvimento de Goiás na pasta que vai ocupar. 

“Estou à disposição de Marconi, do governo de Goiás e dos goianos em Brasília”, afirmou.

A posse do novo ministro deve acontecer hoje. A visita a Marconi foi o primeiro compromisso depois da decisiva reunião com o presidente da República, Michel Temer (PMDB), e com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Palácio do Jaburu, no domingo. Na audiência, Baldy disse que se sente honrado por ter sido secretário de Indústria e Comércio do governo Marconi, posição que deu a ele visibilidade no mundo político e empresarial.

“Vim me colocar à disposição de todos os goianos, assim como do governador”, afirmou o novo ministro ao lado do governador Marconi Perillo.  

Veja Também