Pré-candidatos organizam ‘vaquinhas’ para financiamento de campanha em Goiás

Para fazer a arrecadação, é preciso contratar empresas previamente pelos pré-candidatos ou partidos.

Postado em: 20-05-2022 às 05h35
Por: Thauany Melo
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Para fazer a arrecadação, é preciso contratar empresas previamente pelos pré-candidatos ou partidos | Foto: Reprodução/Agência Brasil

Os pré-candidatos que vão disputar as eleições em outubro de 2022 já podem realizar a arrecadação prévia de recursos na modalidade de financiamento coletivo. Desde domingo (15), as empresas ou entidades cadastradas habilitadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para prestar serviço de financiamento coletivo de campanhas nas Eleições Gerais de 2022 estão autorizadas a arrecadar recursos.

O financiamento coletivo, conhecido também como crowdfunding e “vaquinha virtual”, será utilizado no processo eleitoral brasileiro pela terceira vez. Essa modalidade de financiamento eleitoral foi instituída pela reforma eleitoral de 2017 e aplicada nas campanhas das Eleições Gerais de 2018 e, também, no pleito municipal de 2020.

Para a arrecadação é necessário que as empresas sejam contratadas previamente por pré-candidatos ou partidos políticos. Conforme a lista do TSE, 15 empresas tiveram o cadastro aprovado até o momento e outras 12 estão em fase de cadastramento.

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Em Goiás, o pré-candidato a deputado federal Valdir Misnerovicz (PT), o Valdir do MST, já deu a largada nas arrecadações pela plataforma Vaquinha Eleitoral, na qual o valor mínimo de doação é de R$10. Ao O Hoje, o dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ressaltou que está atento aos prazos e regras estabelecidos pelo TSE.

Pré-candidata a deputada federal, Lucilene Kalunga (PSB) afirmou que o financiamento é essencial para candidatos de partidos pequenos. “Ele [o financiamento] é fundamental para a campanha de quem não tem mandato. Para a gente qualquer recurso, qualquer quantidade faz a diferença. Para o deslocamento, material gráfico, para mídias digitais.”, disse. Ela explicou que vai organizar o início da “vaquinha” na semana que vem, quando retorna de viagem à Goiânia.

O ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), ex-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e também pré-candidato a deputado federal, Edward Madureira (PT), explicou que também não disponibilizou a arrecadação por plataforma digital ainda, mas vai disponibilizar em breve. “Vamos nos organizar para isso. O financiamento vai ser, além da possibilidade de fundo eleitoral, por arrecadação com esses mecanismos. Vamos trabalhar firme nisso”, afirmou.

Jerônimo Rodrigues (PSB), ex-reitor do Instituto Federal de Goiás (IFG) e pré-candidato a deputado estadual,  ressaltou que a alternativa de financiamento coletivo é muito benéfica para os candidatos e para a transparência a respeito da origem do dinheiro. “Vejo que será uma excelente alternativa para arrecadação e que possibilitará um melhor controle pelo TSE”, destacou. O pessebista afirmou que está “estudando as regras que definem essa forma de financiamento”.

Na corrida pelo Senado, Manu Jacob  (Psol) afirmou que sua campanha necessita do financiamento coletivo. No entanto, ela ainda não se organizou para o recebimento.“ Com toda certeza vamos precisar fazer vaquinha coletiva. O intuito é que as pessoas participem do nosso projeto, não só como um grupo de apoio mas, também, financeiramente”

Única mulher pré-candidata à governadoria de Goiás até o momento, Helga Martins (PCB) disse que aguarda a consolidação das candidaturas para iniciar a arrecadação. Os partidos têm entre 20 de julho e 15 de agosto para solicitar o registro de candidatura dos escolhidos.

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