“Minha pré-candidatura se mantém constante e perseverante”, diz Wolmir após desistência de Eliton

Pré-candidato do PT ao governo de Goiás afirma que definição do nome ocorrerá com federação e PSB.

Postado em: 28-05-2022 às 06h30
Por: Francisco Costa
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Pré-candidato do PT ao governo de Goiás afirma que definição do nome ocorrerá com federação e PSB | Foto: Reprodução/Wagmar Alves

Apesar de lamentar a retirada da pré-candidatura de José Eliton (PSB), o pré-candidato do PT ao governador de Goiás, Wolmir Amado, reforça a manutenção de seu nome na disputa. “Minha pré-candidatura se mantém constante e perseverante”, enfatiza ao Jornal O Hoje.

Ao reiterar a disposição de manter o nome para apreciação da federação (PT, PV e PCdoB) e partidos aliados, o ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) afirma estar aberto ao diálogo e alianças. “Mantenho essa constância, mesmo lamentando e sentindo tristeza pelo anúncio de José Eliton.”

De acordo com ele, a pré-candidatura dele foi construída há muitos meses – antes mesmo da federação – e caberá à federação definir se ela será oficializada ou não. “Além disso, na tomada de decisão também participará o PSB [de Eliton]”, reforça.

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Muito diálogo

Sobre a desistência do ex-governador, o pré-candidato do PT ao governo de Goiás declarou que ele e José Eliton estiveram alinhados durante as discussões sobre o nome que representaria a federação (PT, PSB e PCdoB). “Não houve divergências entre nós”, pontua.

Eliton retirou, em nota, a pré-candidatura ao governo de Goiás na quinta-feira (26/5). Na ocasião, ele disse que não houve consenso. Para Wolmir foi uma perda. 

“Nós dialogamos muito ao longo deste mês em alguns encontros. Tivemos a oportunidade de trocar muitas ideias. Nossa disposição era conjunta, inclusive, de construção de um plano de governo, de caminhada conjunta”, apontou. Por fim, o petista lamenta. “Então, recebo a informação da desistência lamentando e com tristeza.”

Retirada da pré-candidatura

José Eliton retirou a pré-candidatura após o adiamento do encontro estadual do PT, que definiria quem o partido indicaria como nome para concorrer ao Palácio das Esmeraldas à federação. A reunião, que ocorreria neste sábado (28), mudou para 11 de junho sob justificativa de construir um nome de consenso e anunciar junto com a federação o escolhido para entrar na disputa.

Na nota, Eliton diz que “não foi possível chegar a um consenso e como sempre defendi a necessidade de ampliação da frente, desejando deixar mais livres os partidos envolvidos nessas tratativas para que encontrem uma alternativa de nome que continue traduzindo as aspirações de uma frente no campo progressista, comuniquei ao Pré-candidato a Vice-Presidente Geraldo Alckmin, ao Presidente do PSB nacional Dr. Carlos Siqueira e ao Presidente do PSB/GO, deputado Elias Vaz, que decidi abrir mão da minha pré-candidatura a governador”.

E ainda: “Destaco que o PSB solicitou uma definição ainda nesse mês de maio, por entendermos que qualquer candidatura, para minimamente avançar com objetivo de vencer as eleições estaduais desse ano, necessita de um tempo para ajustar suas diretrizes, para formatar sua estrutura de campanha, para formalizar o plano de governo que norteará as ações em caso de vitória e, principalmente, necessita de estabelecer um amplo diálogo com a sociedade, mediante ações de pré-campanha e posterior campanha.”

Aliados de José Eliton

Ainda antes da nota oficial, interlocutores do ex-governador disseram ao O Hoje que o adiamento deixou Eliton insatisfeito. Além disso, conforme apurado, o PT nacional estaria tentando articular com o PSDB nos estados, após a desistência do ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Em Goiás, as investidas seriam no ex-governador Marconi Perillo (PSDB) – para assumir a cabeça de chapa. Eliton, que defende uma frente ampla com a inclusão do PSDB teria ficado insatisfeito de como as articulações se deram, deixando de lado tanto ele quanto Wolmir. 

Marconi, durante passagem de Doria em Goiás reforçou sua lealdade ao partido. Ele ainda não decidiu se disputará o governo ou o Senado. Cita-se, ainda, que há resistência entre o PT e o tucano. Todas essas incertezas teriam desagrado José Eliton.

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