STF analisa pedido para anular eleição antecipada da Câmara

Autor da ação, o vereador Lucas Kitão, diz não ter nada contra o presidente, porém, defende ser inconstitucional a ‘manobra’

Postado em: 08-06-2022 às 08h26
Por: Francisco Costa
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Autor da ação, o vereador Lucas Kitão, diz não ter nada contra o presidente, porém, defende ser inconstitucional a ‘manobra’| Foto: Reprodução

O vereador por Goiânia Lucas Kitão (PSD) ajuizou uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a eleição antecipada da mesa diretora da Câmara Municipal. O pleito para o biênio 2023-2024 ocorreu em 30 de setembro do ano passado e garantiu a recondução o atual presidente, Romário Policarpo (Patriota), ao cargo.Vale citar, a peça é do final de dezembro de 2021 e tem o próprio Kitão como advogado. A ação está conclusa ao relator, o ministro do STF, André Mendonça.

Ao O Hoje, Kitão explica que levou a reclamação ao STF por ser uma ação que considera um caso de desrespeito à Constituição, uma sentença que não obedeceu os entendimentos do Supremo. “É uma análise monocrática, que só depende do relator”, afirma o vereador.

“A Constituição nos ensina que, qualquer cidadão, independente de ser autoridade ou não, está abaixo das leis e instituições. Não tenho nada contra o presidente da Câmara, mas como cidadão, vereador e advogado exerço meu dever de defender a Constituição e a supremacia das instituições”. Desta forma, ele pede a anulação da sessão que possibilitou a terceira posse da Mesa.

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A Câmara, por meio de sua procuradoria, disse em seu pedido de impugnação que faltaram documentos para a propositura da reclamação. E, ainda, que não existe “perigo de dano irreparável”, pois a eleição foi regular, “com amparo no regramento regimental da Casa”. Desta forma, solicitou, em 30 de maio deste ano, que o relator negue o seguimento da ação do vereador Kitão.

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