Sindicalistas pedem que Rodrigo Maia adie votação da reforma da Previdência

Dirigentes sindicais defendem que a PEC estabeleça idade mínima para a aposentadoria e um teto da previdência geral

Postado em: 30-11-2017 às 09h40
Por: Victor Pimenta
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Dirigentes sindicais defendem que a PEC estabeleça idade mínima para a aposentadoria e um teto da previdência geral

Presidentes de todas as centrais sindicais pediram hoje (29)
ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o adiamento da
votação da reforma da Previdência para o ano que vem.

Os dirigentes sindicais defendem que a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 287/2016, que altera o sistema previdenciário nacional,
estabeleceça, entre outras coisas, idade mínima para a aposentadoria e o teto
da previdência geral para todos os servidores públicos da União, dos estados e
dos municípios (paridade entre os servidores).

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Segundo o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira
da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, um dos participantes da reunião, Rodrigo
Maia disse que só vai se posicionar amanhã (30) sobre o adiamento da votação,
após conversar com os líderes partidários e sentir a disposição deles quanto à
votação da reforma da Previdência.

Os sindicalistas relataram a Maia a situação e como a reforma
está sendo vista em suas entidades. “Fizemos um relato de como é que estamos
vendo essa questão da reforma da Previdência, da rejeição que a população tem
feito à reforma, principalmente, à questão da idade mínima, e também a essa
transição que ninguém consegue entender. Fizemos um pedido, por unanimidade das
centrais, para que ele [Maia] adiasse a votação para o ano que vem”, disse
Paulinho.

De acordo com o deputado, o adiamento da votação será
importante para que o tema seja mais debatido e também para que se abra um
espaço de debate com as centrais sindicais. Ele enfatizou que o maior debate é
importante para que no ano que vem os pontos da reforma estejam mais esclarecidos
para a classe trabalhadora.

Paulinho informou que os dirigentes sindicais ressaltaram, na
reunião com Maia, os riscos que a votação da reforma da Previdência pode trazer
para o Congresso. “Colocamos que durante um certo período do ano teve uma
radicalização do povo contra o Congresso com manifestações inclusive violentas.
Achamos que a votação da Previdência vai trazer isso de volta. Vai trazer toda
uma radicalização do povo contra o Congresso, e isso é muito ruim.”

Greve

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner
Freitas, destacou que a única condição que os trabalhadores têm para impedir
que o Congresso vote a reforma da Previdência é fazer greves, como uma forma de
pressão aos congressistas.

“A única condição que temos de impedir essa reforma é fazendo
greve nacional contra a reforma da Previdência. No dia 5 (terça-feira), vamos
fazer uma greve nacional para impedir a reforma. A greve é o único instrumento
que nós temos para o enfrentamento”, disse Freitas. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Alan Sampaio/IG Brasília)

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