Jucá nega que PMDB vá retaliar parlamentares que votarem contra o governo

Segundo ele, a estratégia a ser adotada será a de “valorizar”, por meio da distribuição de recursos do fundo partidário, os candidatos que tiverem sido mais leais

Postado em: 18-12-2017 às 14h05
Por: Márcio Souza
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Segundo ele, a estratégia a ser adotada será a de “valorizar”, por meio da distribuição de recursos do fundo partidário, os candidatos que tiverem sido mais leais

O presidente do PMDB, senador
Romero Jucá (RR), afirmou, nesta segunda-feira (18), que o partido não vai
retaliar parlamentares que votarem contra as posições defendidas pelo governo.
Segundo ele, a estratégia a ser adotada será a de “valorizar”, por meio da
distribuição de recursos do fundo partidário, os candidatos que tiverem sido
mais leais.

“Não vai ter retaliação. Vai ter
valorização. Ou seja, aqueles que são mais fechados com a posição do partido
têm de ser valorizados. Portanto, vamos dar um tratamento mínimo a todos, mas a
Executiva Nacional vai ter o cuidado de atuar de forma que aquelas figuras mais
emblemáticas, leais ao partido e que serão candidatas a governador, senador,
deputado federal, deverão receber efetivamente um tratamento diferenciado”,
disse Jucá, após participar de um evento do PMDB em Brasília. Jucá informou
que, conforme previsto pelas atuais regras, a definição da forma como os
recursos do fundo partidário serão distribuídos ocorrerá até 30 dias antes das
convenções partidárias de 2018.

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De acordo com o senador, a
votação da reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados está mantida para
19 de fevereiro. “O governo continua discutindo esse processo. Estamos
mobilizados, conversando com parlamentares, e durante o recesso a conversa vai
continuar”, acrescentou. Jucá disse ainda que tem a garantia do presidente do Senado,
Eunício Oliveira (PMDB-CE), de que a reforma entrará para a pauta do Senado
“assim que ela chegasse” à Casa, após sua aprovação pela Câmara dos
Deputados.

O ministro-chefe da Casa Civil,
Eliseu Padilha, também manifestou otimismo, apesar do atraso na votação da
reforma previdenciária.

“O que esperamos é que tenhamos
mais votos em fevereiro, porque a sociedade tomará consciência da imperiosidade
da reforma da Previdência. Na medida em que os parlamentares voltem para suas
bases e vejam as mudanças que aconteceram na opinião de suas comunidades,
seguramente teremos em fevereiro mais votos do que temos agora”, disse Padilha.

Denúncias

O senador Romero Jucá voltou a
dizer que está tranquilo com relação às denúncias apresentadas pela
procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

“Essas denúncias já tinham sido
feitas pelo [ex-procurador-geral] Rodrigo Janot. Nós apresentamos a defesa, e a
Raquel Dodge apenas corroborou o que o Rodrigo Janot disse. Estou muito
tranquilo. Não temo qualquer tipo de investigação e vou provar que a doação de
R$ 150 mil foi oficial e nada tem a ver com votação de medidas provisórias. É
um absurdo essa ilação que o Janot fez”, disse Jucá. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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