Moraes acata pedido da PF e manda prender homem que falou em ‘caçar’ Lula

Ivan Rejane Fonte Boa Pinto foi candidato a vereador de Belo Horizonte em 2020.

Postado em: 22-07-2022 às 13h44
Por: Luan Monteiro
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Ivan Rejane Fonte Boa Pinto foi candidato a vereador de Belo Horizonte em 2020. | Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acatou um pedido da Polícia Federal (PF) e decretou a prisão temporária de um homem que defendeu, nas redes sociais, ataques a políticos como o ex-presidente Lula (PT), o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), e a ministros do STF.

Segundo o STF, Ivan Rejane Forte Boa Pinto, de 46 anos, foi preso na manhã desta sexta-feira (22/7) pela Polícia Federal, mesmo após resistir à prisão, em Belo Horizonte. Ele havia sido candidato a vereador da capital mineira em 2020, pelo Partido Social Liberal (PSL), antiga legenda do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além da prisão, Moraes determinou a busca e apreensão de “armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos” em poder do suspeito. O ministro determinou, também, ao Twitter, YouTube e Facebook que bloqueiem as redes sociais do ex-candidato e que o Telegram bloquei um grupo que ele administrava.

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A prisão de Ivan havia sido solicitada pela Polícia Federal que afirmou que ele “utiliza canais da rede mundial de computadores (YouTube, Facebook, Twitter) e aplicativos de mensagem para ‘mandar um recado para a esquerda brasileira’, cooptando apoiadores com o fim de ‘caçar’ e de praticar ações violentas dirigidas a integrantes de partidos políticos à esquerda do espectro ideológico”.

O suspeito citou, nominalmente, Lula, Freixo e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Outros citados pelo ex-candidato são os ministros do Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e o próprio Moraes. Ele chama os ministros, nessas redes, de “vagabundos do STF”.

Interlocutores de Moraes dizem que a decisão do ministro, que será o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e é relator do inquérito das milícias digitais, mostra que ele não irá tolerar ameaças e que está monitorando grupos de extremistas.

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