Marconi é líder dos Estados em crescimento, diz Cartes

Presidente do Paraguai afirma que governador de Goiás faz uma gestão marcada por resultados

Postado em: 21-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Presidente do Paraguai afirma que governador de Goiás faz uma gestão marcada por resultados

Ao abrir a Conferência Internacional Goiás-Paraguai, ontem, na Casa da Indústria, o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, agradeceu o governador Marconi Perillo pela acolhida e disse que “ama o Brasil”. Destacou a liderança do governador Marconi Perillo no bloco de estados emergentes do Brasil e disse que seu País está aberto para estreitar os laços comerciais com o Estado. Segundo ele, Marconi faz uma gestão que é referência para o Brasil.

Horacio Cartes pregou a ética na política, dizendo que se que é uma coisa que ele não tolera é “roubar de pobre”. Sobre a visão que tem de gestão pública, explicou: “Tenho um coração privado”.

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O presidente disse que uma benefício vale para todos os países: o emprego. “Para dormir tranquilo, tem que ter emprego”. Observou que, se o emprego é tão importante, então deve-se prestigiar aqueles que fazem a economia girar, o setor produtivo.

Segundo ele, o grande diferencial é a competitividade: “Quem não pratica, fica fora”. Também, as relações entre as nações devem ser pautadas pela complementaridade, e, não apenas, pela discussão em torno das balanças comerciais de cada nação.

Horácio Cartes disse que um dos grandes desafios que encontrou foi “conectar o Paraguai”, hoje é muito mais fácil, por se tratar do país mais competitivo da região. Ao defender um estado ágil e gerencial, disse: “Sinto-me gordo para o setor privado, porque tudo é muito mais rápido”.

Para destacar a estabilidade do País, enfatizou que há 174 anos o Paraguai tem a mesma moeda. À plateia de investidores goianos, Cartes assinalou que “o empresário tem de estar confortável, porque são eles que levam o país para frente”.

Para o presidente paraguaio, não existe nenhum país que vá pra frente sem trabalhar. “Quem trabalha é que merece ganhar dinheiro”, afirmou, acrescentando que a nação guarani não incomoda quem quer ganhar dinheiro.

Horacio Cartes ressaltou que um dos grandes diferenciais do Paraguai é o “bolo demográfico de jovens”, principalmente por que são ouvidos naquele País.

Por fim afirmou que o Paraguai é um parceiro natural do Brasil, porque tem competitividade. “A palavra eficiência vale para todos”, arrematou. 

Ministro destaca interação do Paraguai com economia goiana

 

Ao apresentar as potencialidades do Paraguai, o ministro da Indústria e Comércio, Gustavo Leite, iniciou suas palavras ressaltando a interação com o fórum empresarial goiano: “Em três meses nos encontramos quatro vezes”, disse.

Ele elogiou o foco e a liderança dos investidores goianos. Enfatizou que quando o presidente Horacio Cartes assumiu o governo, o Paraguai era um “diamante bruto, que não tinha relação com o mundo”.

O ministro destacou ainda a posição geográfica privilegiada do Paraguai, que é o “coração da América Latina”. Gustavo Leite lembrou que, historicamente, o Paraguai sempre se isolou, mas hoje há uma nova realidade do país, marcada pela segurança jurídica, um país onde se cumpre a lei. Sobre a busca de novos mercados e o fato de que o Paraguai, a exemplo de Goiás, não tem litoral, mas está construindo novas rotas. “Vamos colocar Goiás na luta do Paraguai e o Paraguai na luta de Goiás”, disse.

Por fim, enfatizou que a ideia é ter com Goiás uma relação tão forte quanto o país tem com São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O grande diferencial da economia paraguaia, percebido na visita por Marconi, é a baixo custo carga tributária, mão-de-obra barata e superoferta de energia.

No Paraguai, os empresários contam com os fatores de produção amplamente vantajosos, como imposto único apenas na saída do bem exportado, custo de energia 70% menor, tributação no salário 65% menor e ausência de tributação sobre a renda da indústria.  Com um ambiente político estável, o país apresenta crescimento de 3,5% ao ano, segundo dados do Banco Central do Paraguai.

A balança comercial goiana, nos últimos dozes meses, registra 24,7 milhões dólares de exportações para o Paraguai e 5,1 bilhões de dólares de importações. Em relação ao conjunto de exportações nacionais, o Brasil exportou, em 2017, US$ 2,4 bilhões para o Paraguai e importou US$ 1 bilhão.

Com uma população de 6,9 milhões de habitantes, o Paraguai, tem renda per capita de 9.400 dólares.  

Presidente paraguaio é “um dos líderes mais lúcidos da América Latina” 

Em seu discurso de saudação ao presidente paraguaio, o governador Marconi Perillo mencionou o momento histórico para a diplomacia de Goiás que, pela primeira vez recebe um presidente de País latino americano. Para o visitante, reservou elogios pelas transformações conquistadas por sua gestão que será encerrada em agosto de 2018.

Mais que a primeira visita de um presidente a Goiás, a presença de Horacio Cartes significa, segundo o governador, acolher um dos líderes contemporâneos mais lúcidos da América Latina. “Infelizmente tivemos na América Latina muitos líderes populistas que levaram os seus países ao desastre econômico. Nos anos da administração Cartes, isso não ocorreu no Paraguai”, declarou.

Marconi considera o presidente paraguaio um gestor que tem visão moderna, “que tratou de oferecer atrativos, políticas desburocratizadas para novos empreendimentos e de atração de capital estrangeiro”.

Graças a visão moderna e ações inovadoras, o presidente paraguaio, na análise do governador, deu aos investidores segurança jurídica, estabeleceu parcerias fortes com o Brasil, especialmente com o governo de Mato Grosso do Sul, os estados do Sul e com o Governo Federal.

O governador falou também da sua disposição em incrementar as relações comerciais entre Goiás e o Paraguai. Disse que o Brasil Central é uma região que responde por 50% da produção de alimentos e quase alcança o mesmo índice percentual em relação às exportações brasileiras. “Esta é uma região forte, que impulsiona a geração de empregos neste momento em que o Brasil inicia um círculo virtuoso depois de um período de recessão”. 

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