Marconi deve dizer ao PT Goiás se disputa governo em aliança nesta quarta

Segundo dirigente da sigla, existe interesse, mas é preciso uma posição antes da convenção

Postado em: 03-08-2022 às 07h49
Por: Francisco Costa
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Dirigente do PT afirma que o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) dará um retorno sobre caminhar ou não com a federação PT, PV e PCdoB | Foto: Reprodução/Facebook

Dirigente do PT afirma que o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) dará um retorno sobre caminhar ou não com a federação PT, PV e PCdoB nesta quarta-feira (3/8). A informação é que o tucano teve autorização do presidente nacional do PSDB Bruno Araújo e do senador Tasso Jereissati para fazer a aliança que quiser no Estado. 

Além disso, na última semana ele teria intensificado as conversações com a direção nacional do PT, que também deverá dar uma orientação à executiva estadual. A realidade é que, segundo apurado, Marconi estaria livre para decidir o que quiser sobre a disputa em Goiás. Assim, também nesta quarta-feira, o Partido dos Trabalhadores em Goiás realizará uma reunião extraordinária para pacificar a posição da direção nacional, independente de qual seja. 

“Existe o interesse para ampliar o palanque de Lula. É interesse, inclusive, da direção nacional”, revela o dirigente petista, que reforça que o mesmo ocorreu em outros Estados. “Não é só com Marconi.” A questão do prazo na quarta é, justamente, por causa das convenções. Caso Perillo recue, o PT, que já busca outras alianças, terá o nome próprio na disputa. 

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Atualmente, o partido tem como pré-candidato ao governo o ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), professor Wolmir Amado. “Mas se possível, queremos essa aliança. Estamos fazendo um esforço para isso.”

Marconi pelas esquerdas

No último final de semana ganharam ainda mais força as informações de que Marconi será o candidato das esquerdas em Goiás. A ideia é que ex-governador componha em uma chapa com a presença da federal PT, PV e PCdoB, mas também com o PSB de José Eliton, que realizou convenção estadual no domingo (31/7), mas deixou em aberto a chapa majoritária. Nos bastidores, especula-se que Eliton pode disputar a vaga ao Senado na chapa, enquanto a vice ficaria para o PT, uma vez que caberia a Marconi a cabeça na majoritária.

Inclusive, conforme revelado pelo Jornal O Hoje, Marconi e Eliton tem mantido conversas intensas e frequentes. O intuito é, de fato, que eles caminhem juntos no pleito deste ano.

Em relação às convenções do PSB, José Eliton garantiu durante a convenção que o partido estará em chapa majoritária. Ele não disse qual cargo, mas afirmou que é um soldado da legenda – ou seja, poderá compor como coringa em eventual chapa com PT e PSDB. As convenções destes dois últimos ocorrem na sexta-feira (5). Assim, ainda haverá tempo para articular as alianças. 

Outras esquerdas como UP, PSOL e PCB não se juntariam a esta aliança. Além de não simpatizarem com Marconi e Eliton,  já definiram seus nomes na disputa ao governo de Goiás. São eles: professor Reinaldo Pantaleão (UP), Cíntia Dias (PSOL) e professora Helga Martins (PCB).

Última hora

O ex-governador Marconi Perillo tem realizado a estratégia de deixar a decisão para a última hora. Apesar de já ter se colocado como pré-candidato ao governo no último dia 16 de julho, manteve a possibilidade de recuo em aberto, caso não conseguisse estrutura para a disputa – o PT garantiria essa estrutura.

Desta forma, se não saísse ao governo poderia concorrer ao Senado ou, mais provável, a deputado federal, o que impulsionaria a chapa e ajudaria o partido. Aliados do tucano, entretanto, garantem que ele concorrerá ao governo. Ainda em relação ao PT, Marconi até já teria pacificado a maioria do PSDB. Mesmo tucanos tradicionais goianos, que viveram toda a rivalidade entre partidos, estariam dispostos a acompanhá-lo.

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