Campanha de Lula se reúne com aplicativos e entregadores para discutir regulação

Representantes de 150 empresas digitais estiveram com a equipe econômica do petista para apresentar reivindicações.

Postado em: 11-08-2022 às 14h47
Por: Luan Monteiro
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Representantes de 150 empresas digitais estiveram com a equipe econômica do petista para apresentar reivindicações. | Foto: Reprodução

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem se reunindo com representantes do setor de trabalhadores por aplicativo para dialogar uma possível regulação da profissão. Nos últimos meses, representantes de 150 empresas digitais estiveram com a equipe econômica do petista para apresentar reivindicações.

A pauta tem como foco a telemedicina, direitos para motoristas e entregadores, digitalização de serviços públicos, qualificação de pequenas e médias empresas, entre outros

O Movimento de Inovação Digital (MID), que representa as empresas, defende que qualquer proposta de regulação de trabalho em plataforma digital aborde um conjunto maior de direitos do que apenas a cobertura previdenciária que vem sendo debatida no Ministério do Trabalho e Previdência.

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“O grupo está em diálogo com todos os atores, especialmente os trabalhadores, que por diversas vezes são os últimos a serem consultados”, disse Vitor Magnani, presidente do MID, a Folha.

A questão trabalhista é peça central nas reuniões realizadas até o momento. Um dos pontos debatidos com a campanha do ex-presidente é o alcance do trabalho digital. O setor avalia que o assunto é visto como restrito a motoristas e entregadores, mas engloba outros prestadores de serviço que fazem uso de aplicativos.

No fim de julho, o Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Moto-taxistas de SP (Sindimoto-SP) discutiu a situação da categoria com Geraldo Alckmin, vice na chapa de Lula. A classe ouviu do candidato a vice que as leis atuais são suficientes para protegê-los, mas que elas estão sendo desrespeitadas.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) divulgou, em abril, uma carta de princípios com similaridades em relação ao que discutia o governo. O grupo, que representa iFood, Uber, Amazon e Buser, defende que os profissionais tenham direitos previdenciários, flexibilidade e autonomia.

Eles também propõem assumir parte das contribuições ao INSS, que seriam calculadas de acordo com o volume de uso de cada plataforma.

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