“Os últimos 15 dias são os decisivos”, diz Wolmir sobre campanha

Candidato do governo ao PT diz que população será “tocada pela política” a partir da campanha

Postado em: 12-08-2022 às 07h43
Por: Francisco Costa
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Ex-reitor da PUC-GO e candidato ao governo de Goiás pela federação PT, PV e PCdoB, Wolmir Amado diz reconhecer a importância das pesquisas |Foto: Wagner Pereira

O ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e candidato ao governo de Goiás Wolmir Amado (PT) afirmou reconhecer a importância das pesquisas, mas as vê como retrato do momento. “Os últimos 15 dias são decisivos”, avalia o petista. 

Vale citar, o último levantamento do Instituto de Pesquisa de Opinião e Mercado FoxMappin, do grupo O HOJE (28/7), mostrou Wolmir com 2,93% das intenções de voto. O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) estava na dianteira com 34,1% das intenções de voto. Em segundo lugar, Gustavo Mendanha, com 23%, e Vitor Hugo (PL) com 14,3%.

Como o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) ainda não tinha definido a disputa ao Senado, ele ainda aparecia com 8,8% das intenções de voto. Depois, com 4,8%, Cíntia Dias (Psol). Por fim, 0,20% depositaram a confiança em Edigar Diniz. Do total, 9,07% dos entrevistados não souberam responder ou preferiram não opinar. 2,24% disseram que vão votar branco ou nulo. 

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Para Wolmir, a população ainda foi “tocada pela política”, neste momento. Isso ocorrerá a partir da campanha, que começa em 16 de agosto, quando os candidatos começarem a apresentar seus programas. O primeiro turno da eleição ocorre em 2 de outubro. O segundo, em 30 daquele mesmo mês.

Ainda sobre as pesquisas, ele reconhece como ferramentas importantes, mas afirma que nunca devem ser tomadas como definitivas. “Deve ser um subsídio.” Ele argumenta, também, que até o momento os candidatos de maior destaque são: o governador Ronaldo Caiado, que tem a máquina; o ex-prefeito da segunda maior cidade de Goiás, Gustavo Mendanha; e o deputado federal que “sobe na garupa da moto” de Bolsonaro (PL), Vitor Hugo – até pouco tempo, também o ex-governador Marconi Perillo.

“Eu não teria colocado se ativesse meu nome somente às pesquisas. Agora deverá haver maior paridade de armas”, declara o candidato ao governo da Federação PT, PCdoB e PV, mais aliança com o PSB.

Marconi

Em entrevista ao Jornal O Hoje, Wolmir também falou sobre Marconi. Questionado se toda a articulação que previa uma composição com o tucano – e que não deu certo – atrapalhou a largada do PT ao governo, ele afirma que a “demora excessiva” trouxe alguns contratempos. 

Ele informa que como o objetivo maior é a eleição do ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), a estratégia da direção nacional do partido era tentar ao máximo alianças. 

Wolmir lembra, também, que desde o ano passado o partido discutia, também, com outros nomes, como o ex-governador José Eliton (PSB) e até o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota), hoje também pré-candidato. As conversas com Marconi, ele revela, foram posteriores e variáveis por parte do tucano – tanto nacional como regionalmente – impediram a união. 

PSB

O PSB chegou a cogitar voos solos ou mesmo outras alianças, conforme chegou a dizer o presidente estadual da sigla, deputado federal Elias Vaz. No dia da convenção (5/8), Fernando Tibúrcio (PSB) foi anunciado como vice. Denise Carvalho (PCdoB) disputará o Senado.

Wolmir pontua que as conversas com o PSB foram estreitas e constantes. “Chegamos a um bom termo. Foi uma construção fraterna.” Ainda segundo o petista, José Eliton, liderança do PSB, deverá coordenar a campanha, mostrando ainda mais alinhamento entre a sigla e a federação.

Em relação às demais esquerdas que optaram por candidatura majoritária própria (PSOL, UP, PCB e PCO), ele afirma que já é ótimo que estas apoiem Lula. “O time de Lula é nosso time. Mas nós somos a chapa oficial de Lula em Goiás”, reforça.

Mas em sequência sobre os “voos solos”, ele afirma que estes ocorrem mais por questão estratégica do que ideológica. “Estas chapas majoritárias servem para consolidar os partidos, apresentar as lideranças. O PSOL, por exemplo, conversamos muito e podemos nos reencontrar mais à frente.”

Pesquisa 

A pesquisa do Instituto FoxMappin foi realizada entre os dias 18 e 22 de julho. Para aferição dos resultados foram entrevistadas 1.025 pessoas residentes em Goiás e maiores de 16 anos. O levantamento foi realizado por meio de entrevistas pessoais, telefônicas e com formulários digitais enviados a grupos segmentados. Ao todo, 110 municípios goianos foram consultados. A taxa de confiança dos números é de 95%. A margem de erro é de 3% para mais ou menos. 

A maior fatia dos entrevistados pelo FoxMappin possui de 40 a 59 anos (44,2%). Na sequência aparecem os eleitores com idade entre 25 e 39 anos (36,4%). De 16 a 24 anos foram 11,3% dos entrevistados. Com mais de 60, 7,9%. Quanto à escolaridade, a maior fatia (41,7%) possui ensino superior completo. 24,3% possuem ensino médio completo e outros 13,8% declararam superior incompleto quando questionados. Médio incompleto soma 7,1% dos entrevistados. Na sequência aparecem fundamental completo (6%) e fundamental incompleto (4,9%). Declarados analfabetos foram 0,4% e 1,3% disseram ler e escrever. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitora (TRE-GO) sob n° GO-01212/2022.

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