Julgamento de Lula não deve ter reforço de tropas

Presidente Michel Temer irá decidir sobre presença da Força Nacional e do Exército em Porto Alegre, no dia 24

Postado em: 05-01-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Presidente Michel Temer irá decidir sobre presença da Força Nacional e do Exército em Porto Alegre, no dia 24

Para evitar a espetacularização no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 24 de janeiro, em Porto Alegre (RS), o presidente Michel Temer deve decidir pelo não envio de tropas da Força Nacional de Segurança e do Exército. Nessa data, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região vai julgar o petista, em segunda instância.

Mesmo assim, Temer determinou aos ministérios da Defesa e da Justiça avaliarem o pedido feito pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB). Os dois órgãos vão avaliar tanto a legalidade de atender ao pedido quanto à possibilidade de oferecer logística durante o julgamento. A palavra final será do presidente.

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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, já antecipou o posicionamento do Palácio do Planalto. Ontem ele comentou que não vê necessidade de enviou de tropas a Porto Alegre. Pedidos dessa ordem são feitos, prioritariamente, por governadores, como manda a Constituição Federal.

De acordo com a Folha de S. Paulo, o Ministério da Justiça informou que pelo menos 200 homens da Força Nacional já se encontram no Rio Grande do Sul desde 2016. O reforço militar pode ocorrer, segundo o Ministério, se o governador José Ivo Sartori (MDB) fizer a solicitação.

Já o temor do prefeito é de que simpatizantes e apoiadores de Lula (que têm feito convocação pelas redes sociais para invadirem a cidade) ocupem espaços públicos e, com isso, desencadear onda de tumulto em eventual confronto contra os que defendem a condenação do ex-presidente.

O Planalto ainda não fixou data para dar uma resposta ao prefeito gaúcho.

Lula já foi condenado, em primeira instância, pelo juiz Sergio Moro, a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá. Ele também responde a como réu a mais cinco processos.

Caso seja condenado pelo TRF, Lula poderá ficar impedido de disputar as eleições presidenciais, pois, de acordo com a Lei da Ficha Limpa, quem é condenado por um colegiado da Justiça não pode disputar cargo eletivo, até o dia de registro da candidatura.

Comitês

Por orientação partidária, o PT vai manter vigília nos estados no dia do julgamento. A mobilização vai acontecer ou nos escritórios políticos de deputados ou nos diretórios estaduais. Em Goiás, o deputado federal petista Rubens Otoni já anunciou que seu escritório sediará a vigília. 

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