No JN, Lula dribla perguntas e diz que deve tentar governar com o Congresso

Em sua sabatina no Jornal Nacional, o candidado a presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), driblou perguntas sobre como evitar a corrupção e admitiu ter havido corrupção na Petrobras. Durante a entrevista, Lula também criticou sigilos impostos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e as ações do Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, do qual ele chamou de “engavetador”.

Sobre escolher indicados da lista tríplice a PGR, Lula driblou a pergunta afirmando querer deixar “eles com a pulga atrás da orelha”. “Eu quero deixar eles com a pulguinha atrás da orelha. Não quero definir agora o que eu vou fazer. Primeiro preciso ganhar as eleições. Esse negócio de prometer as coisas antes de vencer as eleições é um erro. Respeito muito o Ministério Público, uma queixa que tenho da força tarefa da Lava Jato é que eles quase joga o nome do Ministério Público na lama, porque houve muito equívoco e aberrações”, disse.

Ao ser questionado sobre governabilidade, o candidato afirmou que um presidente deve dialogar com o congresso mas que o atual mandatário “não manda em nada”. “O Bolsonaro parece o bobo da corte. Ele não comanda o orçamento. Acabou o presidencialismo. O Bolsonaro não manda nada. Bolsonaro sequer manda no orçamento. Quem manda é o Lira”, afirmou.

Lula foi questionado sobre a condução da economia de sua sucessora, Dilma Rousseff (PT). Ele reconheceu problemas durante o governo da petista. Mas afirmou que, quando ela tentou mudar os rumos, foi atrapalhada pelo Congresso.

Lula foi o terceiro candidato à Presidência entrevistado pelo Jornal Nacional. Na segunda-feira (22), o programa sabatinou Bolsonaro e na terça-feira (23), Ciro Gomes (PDT) foi o convidado.