A um mês das eleições, Bolsonaro mobiliza evangélicos, ruralistas e empresários no 7 de setembro

Na data, que comemora o bicentenário da Independência, o presidente e aliados planejam insistir na tese de "Datapovo" para contrapor pesquisas de opinião.

Postado em: 04-09-2022 às 12h44
Por: Luan Monteiro
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Na data, que comemora o bicentenário da Independência, o presidente e aliados planejam insistir na tese de "Datapovo" para contrapor pesquisas de opinião. | Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve mobilizar empresários, evangélicos e ruralistas para mostrar força no 7 de setembro. Na data, que comemora o bicentenário da Independência, o presidente e aliados planejam insistir na tese de “Datapovo” para contrapor pesquisas de opinião.

Para que isso ocorra, Bolsonaro têm mobilizado empresários, em especial do agronegócio, e lideranças evangélicas para tentar garantir que as manifestações tenham um público significativo.

A demonstração de “força” que o presidente quer mostrar ocorre no momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aparece 13 pontos a sua frente. O petista lidera as intenções de voto com 45% contra 32% de Bolsonaro, segundo a última pesquisa DataFolha, divulgada na última quinta-feira (2/9).

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Em 2021, as manifestações pró-governo do 7 de setembro foram marcadas por declarações consideradas golpistas e ataques ao Supremo Tribuanal Federal (STF), por parte de Bolsonaro. Na época, as declarações do presidente agravaram uma crise entre o poder Executivo e Judiciário. O atrito só foi amenizado após o mandatário divulgar uma carta em que negou intenções de agredir os demais poderes.

Pessoas próximas a Bolsonaro, no entanto, afirmam que as manifestações deste ano tenham um tom mais eleitoral, diferente do ano passado. A campanha do presidente teme que falas mais radicais possam aumentar a rejeição de Bolsonaro, que hoje chega a 52%.

Visando o eleitor indeciso, o mandatário deve adotar um discurso mais moderado, já que levantamentos apontam que esse tipo de eleitor não gosta quando ele adota comportamento mais agressivo ou golpista.

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