Coligação de Lula aciona a Justiça contra Paulo Trabalho (PL) e outros 14 por divulgação de fake news

A representação alega distorção das falas de Lula durante a participação do candidato na sabatina do Jornal Nacional

Postado em: 08-09-2022 às 20h20
Por: Ana Bárbara Quêtto
Imagem Ilustrando a Notícia: Coligação de Lula aciona a Justiça contra Paulo Trabalho (PL) e outros 14 por divulgação de fake news
A representação alega distorção das falas de Lula durante a participação do candidato na sabatina do Jornal Nacional | Foto: Y. Maeda

A coligação Brasil da Esperança, que apoia o candidato a presidência Lula da Silva (PT), entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o candidato goiano a deputado federal Paulo Trabalho (PL) outras 14 pessoas, alegando possível divulgação de desinformação eleitoral contra Lula.

O documento apresenta algumas falas do deputado, uma delas sendo um comentário sobre a fala do ex-presidente sobre o agronegócio durante sua entrevista no Jornal Nacional: ” O agronegócio é fascista e direitista”. Em suas redes sociais, Paulo respondeu a afirmação do candidato do PT.

“Não, Lula! O agronegócio não é fascista. Somos direitistas sim, pois defendemos a família, os
costumes, a propriedade privada e somos, acima de tudo, patriotas! Amamos o nosso país. O
agronegócio brasileiro é responsável por alimentar um quinto do planeta”, escreveu.

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“O ex-presidiário atacou em rede nacional o setor responsável por colocar a comida na mesa do
brasileiro. Se Lula ataca o agro na corrida eleitoral, o que fará se voltar ao poder?”, complementou.

Print anexado à representação | Foto: Reprodução

A Representação Eleitoral sugere que o candidato a deputado teria, por meio das postagens, integrado “uma ação estratégica destinada a manipular a opinião pública no sentido de fazer crer que o candidato à Presidência pela Coligação Brasil da Esperança, Luiz Inácio Lula da Silva, teria afirmado que todos os empresários do agronegócio seriam ‘fascistas'”.

O processo explica, ainda, que “essa afirmação jamais foi dita pelo ex-presidente Lula”. De acordo com a coligação, os ‘posts’ omitiram o trecho em que o candidato a presidência elogiou os empresários que trabalham no setor agrônomo do Brasil.

“As publicações omitem que o petista se referia a apenas parte do agronegócio, segundo ele empresários que não protegem o meio ambiente. O trecho compartilhado exclui a parte em que o candidato comenta que há pessoas “sérias” no setor que querem a preservação dos recursos naturais”, ressalta a representação.

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Eduardo Bolsonaro e Damares Alves

No dia 25 de agosto, o deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL) publicou em seu Twitter uma imagem de uma TV, a qual estava mostrando Lula no Jornal Nacional, com a seguinte descrição: “‘O agronegócio é fascista e direitista’ Lula da Silva, ex-preso, no JN”.

Com isso, a representação alega que a frase, publicada por Eduardo, “deturpou o trecho ‘O agronegócio fascista, sabe, que é fascista e direitista, porque os empresários sérios que trabalham no agronegócio’, transformando-o em ‘O agronegócio é fascista e direitista'”.

Assim como o deputado, a antiga Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos), também é citada no documento. “A Representada Damares Alves veiculou o referido trecho descontextualizado, com a afirmação sabidamente inverídica e difamatória de que “o ex-presidiário atacou em rede nacional o setor responsável por colocar a comida na mesa do brasileiro”

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