Temer discute efeito de rebaixamento de nota

Presidente fez avaliação com ministros sobre o cenário econômico após o Brasil ter nota rebaixada por agência de classificação de risco

Postado em: 15-01-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Presidente fez avaliação com ministros sobre o cenário econômico após o Brasil ter nota rebaixada por agência de classificação de risco

O presidente Michel Temer se reuniu ontem com ministros para tratar do cenário econômico. Participaram do encontro os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco; da Fazenda, Henrique Meirelles; da Justiça, Torquato Jardim, e o subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, que substituiu o ministro Eliseu Padilha, de férias.

Antes da reunião, o presidente e os ministros fizeram uma caminhada de pouco mais de 1 quilômetro entre os palácios do Jaburu, onde Temer mora com sua família, e o Palácio da Alvorada.

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Temer e os ministros conversaram sobre geração de empregos, inflação, contenção de gastos e reforma da Previdência. O presidente registrou o encontro e a caminhada em sua conta no Twitter. “Domingo também é dia de trabalho. Após uma caminhada entre os palácios do Jaburu e Alvorada, me reúno com alguns dos meus ministros para avaliar o cenário econômico, as medidas para reduzir a inflação, a geração de empregos, além da necessidade da reforma da Previdência”.

Na última quinta-feira (11), a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou a nota do Brasil e justificou a decisão, entre outros fatores, pela demora do país em implementar reformas estruturantes, entre elas a da Previdência.

Rebaixamento

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o rebaixamento da nota do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, anunciado no dia 11, não pode se transformar em “um grande evento político” do país.

“A agência faz trabalho deles e nós fazemos o nosso. Não se deve dar um peso excessivo [ao rebaixamento], transformando isso em um movimento político. A questão de upgrade ou downgrade é pontual, um importante sinalizador, mas não é um grande evento político do país. Pelo contrário, [houve uma] observação de que eles vão aguardar a aprovação de todas medidas relevantes do ponto de vista fiscal. Nós temos nossa agenda de trabalho e na medida que isso vai funcionando, as agências vão reconhecendo no devido tempo”, afirmou.

A S&P rebaixou a nota do Brasil para três níveis abaixo do grau de investimento por causa da demora do país para implementar as reformas que devem reduzir os riscos fiscais do país. Segundo Meirelles, a avaliação da agência é “absolutamente normal” e a equipe econômica já possui um “histórico” de manifestar confiança na aprovação de medidas posteriormente confirmadas pelos parlamentares, como o caso do Teto de Gastos e da reforma trabalhista. “Continuamos seguros e confiantes que as reformas serão aprovadas, medidas de ajuste, como [outras] já foram”.

Sobre a declaração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de que a equipe econômica do governo não pode responsabilizar o Congresso pela não aprovação da reforma da Previdência no ano passado, Meirelles evitou polêmicas e disse que não se pode apontar culpados.

“Acredito que todos estamos trabalhando na mesma direção: Legislativo, Executivo, e já temos histórico comprovado de sucesso”, afirmou. Segundo ele, as lideranças políticas do país vão continuar trabalhando juntas. (Agência Brasil) 

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