No Hugol, milhares de manifestantes pedem o cumprimento do piso da enfermagem

Protestos ocorrem em todo o País

Postado em: 21-09-2022 às 09h11
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: No Hugol, milhares de manifestantes pedem o cumprimento do piso da enfermagem
Protestos ocorrem em todo o País (Foto: Aymê Sousa)

Entre mil e 2 mil manifestantes ocupam as adjacências do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, nesta manhã de quarta-feira (7h). Os números são da organização do evento. Profissionais da saúde e outros cidadãos realizam ato para garantir que seja cumprido o piso da enfermagem e contra a suspensão do mesmo, além de melhores condições de trabalho.

Vale citar, o protesto, que também acontece em todo o País, é organizado pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde), Sindicato de Enfermagem do Estado de Goiás (SIENF), Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-IFESGO), Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de Goiás (Sintsep) e o Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e Soberania.

De tempos em tempos, os manifestantes fecham e liberam as rodovias perto do hospital. Às 17h ocorre mais um ato com as mesmas demanda. O protesto será no Hospital e Urgência de Goiás (Hugo), também na capital.

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Relembre o caso

Vale lembrar, a medida – que garantiria o pagamento de ao menos R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras – foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sob o argumento que os congressistas não apontaram a fonte de recursos para custear os gastos.

Profissionais da saúde, junto com entidades sindicais, já realizaram atos em Goiânia pela garantia do cumprimento do piso da enfermagem e contra a suspensão do ministro Luís Alberto Barroso (mais tarde referendada pelo pleno do STF). Na primeira quinzena de setembro, profissionais da saúde foram às ruas da capital contra a decisão.

À época, o jurista deu prazo de 60 dias para que entes públicos e privados da área de saúde informem o impacto financeiro do piso salarial, também os impactos que o texto traz para a situação financeira de cidades e estados, assim como os riscos para a empregabilidade na área e a possibilidade de eventual redução na qualidade dos serviços prestados na rede de saúde.

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