De maneira geral, o nome do empresário e ex-senador Wilder Morais (PL), que embarcou na chapa majoritária de Vitor Hugo (PL) ao governo a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), aparecia timidamente nas pesquisas. Com o início da divulgação do resultado, revelou-se o retorno de Morais por meio da única vaga ao Senado disponível no domingo (2) com 25,25%, ou seja, 799.022 votos.

Wilder foi a Brasília nesta quarta-feira (5), onde se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro para construir uma agenda e estratégia para construir uma ponte entre o bolsonarismo e o eleitor goiano, que deu ao candidato à reeleição, que teve teve 52,16% dos votos válidos, contra 39,51% de Lula.

Na visita, Wilder disse, otimista. “Estamos alinhados às estratégias de campanha para os próximos dias. Sei da importância do trabalho de cada um para que Goiás esteja fechado com o presidente, com uma votação ainda maior no segundo turno, diz, antes de completar: “Agora, mais do que nunca, precisamos unir forças e trabalhar para reeleger o nosso presidente Bolsonaro. Nossas eleições não terminaram e conto com vocês para continuarmos pedindo voto”. 

A respeito do apoio de Caiado à reeleição de Caiado, o governador já se mostrou nesta direção. Na segunda-feira (3), dia seguinte à votação, Wilder ligou ao governador reeleito para parabenizá-lo e começar a articulação de apoio, que deve ocorrer em visita do morador da Casa Verde, junto de prefeitos, ao Planalto. 

Wilder Morais (PL) foi senador entre julho de 2012 e janeiro de 2019 e retornará ao Senado em 2023. Empresário, foi senador entre 2012 e 2019 assumindo a vaga de Demóstenes Torres, após o titular da vaga ter tido o mandato cassado. Empresário bem sucedido, Wilder foi um dos fundadores da Orca Construtora em 1997 que, dentre outros clientes, reformou e construiu edificações da rede Carrefour em várias regiões do país. Atualmente, ele também tem negócios na Colômbia. 

No setor público, além de senador, Wilder também foi secretário de Estado de Infraestrutura de Goiás, em 2011. No Senado, orgulha-se de ter apresentado mais de 200 projetos e relatorias, ligado a temas como municipalismo e combate à burocracia. Também relata ter viabilizado mais de R$ 4 bilhões para Goiás em destinações orçamentárias, possibilitando a construção de 30 mil casas, dentre outras realizações.

Já eleito, a principal missão – nem tão difícil – seria convencer o governador reeleito Ronaldo Caiado (União Brasil) a se converter em cabo eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, que disputa o segundo turno contra o ex-presidente Lula da Silva (PT). 

A ofensiva do sortudo, que desbancou a candidatura de nove nomes, dos quais figurões da política goiana, como aquele propagandeado como favorito, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), Vilmar Rocha (PSD) e João Campos (Republicanos).