Com maior cargo do PSDB goiano, Lêda será responsável por reerguer partido
A partir de 2023, a deputada estadual Lêda Borges ocupará o maior cargo eletivo do tucanato goiano. “Não tenho dúvidas de que terei uma grande responsabilidade por ter sido eleita deputada federal e exercer a função eletiva mais importante do partido atualmente”, declarou
A partir de 2023, a deputada estadual Lêda Borges (PSDB) ocupará o maior cargo eletivo do tucanato goiano. No último domingo (2/10), ela foi eleita deputada federal, enquanto o maior líder da sigla, o presidente da sigla ex-governador Marconi Perillo foi derrotado nas urnas na disputa ao Senado. Nesse cenário, Lêda terá a responsabilidade de reconstruir um partido em queda desde 2018.
“Não tenho dúvidas de que terei uma grande responsabilidade por ter sido eleita deputada federal e exercer a função eletiva mais importante do partido atualmente”, reconhece a tucana ao Jornal O Hoje. Ela, contudo, não minimiza a importância de Marconi. “Marconi Perillo exercendo ou não mandato continua sendo nosso grande líder e estou à disposição dele para ajudar na missão que for necessária.”
E continua: “Sigo na mesma linha de atuação partidária: em defesa do legado de Marconi e do PSDB no estado. Ainda terei reuniões com as lideranças, mas asseguro que a minha lealdade e compromisso com o partido continuam intactos, ao mesmo tempo em que sigo na missão de defender o povo goiano, as mulheres e os mais vulneráveis.”
Lêda foi uma das seis mulheres eleitas à Câmara Federal, que antes tinha apenas duas representantes femininas. Além dela, Magda Mofatto (PL) e Flávia Morais foram reeleitas. As outras que assumirão cadeiras na Casa são: delegada Adriana Accorsi (PT), Marussa Boldrin (MDB) e a campeã de votos em Goiás Silvye Alves (União Brasil), com mais de 254 mil confirmações nas urnas.
Única no País
Única deputada do PSDB e também única mulher eleita pelo partido para a Câmara Federal no País. Ao todo, o partido teve 13 nomes garantidos naquela Casa do Congresso.
Além dela, foram eleitos: Adolfo Viana, da Bahia; Beto Pereira, Dagoberto e Dr. Geraldo Resende, do Mato Grosso do Sul; Paulo Abi-Ackel e Aécio Neves, de Minas Gerais; Beto Richa, do Paraná; Lucas Redecker e Daniel Trzeciak “Daniel da TV”, do Rio Grande do Sul; e Paulo Alexandre Barbosa, Vitor Lippi e Carlos Sampaio, de São Paulo.
Uma das propostas da goiana, inclusive, é garantir percentual mínimo nas cadeiras e não só na disputa. “Representamos o maior número de eleitores do país. São mais de 52%. Portanto, precisamos destes 30% das cadeiras e não só das candidaturas como ocorre atualmente. Precisamos de mais representatividade nos espaços de decisão e poder.”
Cenário difícil
Pelo País, nenhum governador do PSDB foi eleito no primeiro turno. Entre os 12 estados que voltarão às urnas no dia 30 de outubro, os únicos que terão tucanos na disputa são Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Em nenhum destes, os candidatos da legenda terminaram na primeira colocação.
No Mato Grosso do Sul, Capitão Contar (PRTB) teve 26,71% e Eduardo Riedel (PSDB) 25,16%. Na Paraíba, João (PSB) marcou 36,65%, enquanto Pedro Cunha Lima (PSDB) 23,9%. Em Pernambuco, Marília Arraes (Solidariedade) teve 23,97% contra 20,58% de Raquel Lyra (PSDB). Já no Rio Grande do Sul, grande aposta da legenda, Onyx Lorenzoni (PL) fez 37,5% e Eduardo Leite (PSDB) 26,81%.