Ministro da Secretaria de Governo afirma que não há plano B para a reforma

Carlos Marun explicou que a segurança do governo quanto a reforma vem das articulações políticas e da mudança de percepção da sociedade. Leitura do relatório está prevista para semana que vem

Postado em: 29-01-2018 às 15h30
Por: Victor Pimenta
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Carlos Marun explicou que a segurança do governo quanto a reforma vem das articulações políticas e da mudança de percepção da sociedade. Leitura do relatório está prevista para semana que vem

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse hoje
(29) que o governo federal não tem plano B sobre a reforma da Previdência. Ele
afirmou que o governo está confiante de que até fevereiro alcançará o mínimo de
308 votos necessários entre os 513 deputados para aprovar no Congresso Nacional
a emenda constitucional que altera as regras de acesso à aposentadoria.

“Não existe B. Nosso plano é o plano “A”, de aprovação da
reforma ainda em fevereiro. (….) A estratégia do governo é que no dia da
votação teremos os votos necessários para aprovação. Não trabalhamos com essa hipótese
[de não ter os votos], enfatizou Marun.

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Depois de se reunir nesta segunda-feira com representantes de
várias federações da indústria, instituições financeiras, de saúde, entre outros,
Marun relatou que o setor empresarial reforçou o apoio à “modernização da
Previdência”. O encontro, segundo o ministro, é uma das ações preparatórias
para a chegada dos parlamentares ao longo da semana para iniciar a discussão da
proposta em plenário no próximo dia 5 de fevereiro.

Questionado sobre o que dá tanta segurança ao governo, Marun
respondeu que a confiança vem das articulações políticas e da mudança de
percepção da sociedade sobre a reforma. Para o ministro, as críticas à proposta
estão localizadas principalmente em editorias de política dos jornais e em
grupos que são privilegiados no sistema previdenciário atual. Ele destacou que
o setor econômico já manifestou a importância das mudanças empreendidas pelo
governo.

Marun afirmou ainda que a base aliada do governo na Câmara
“voltou ao patamar de votos” de maio do ano passado, antes da chegada das duas
denúncias de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa
contra o presidente Michel Temer no Congresso Nacional. O governo trabalha com
uma margem de apoio de cerca de 270 parlamentares e tenta convencer pelo menos
50 deputados.

“O que temos hoje de diferente? Primeiro, uma proximidade
maior das eleições, que a princípio poderia atrapalhar, mas temos um fator
positivo que é o fato de que a população, muito mais do que naquele momento, se
predispõe a apoiar a reforma. Eu diria que, desde maio, não vivemos um momento
tão positivo como hoje estamos vivendo para aprovação dessa reforma”, disse.

Marun considerou que o presidente Michel Temer se saiu muito
bem na defesa da reforma durante as recentes entrevistas concedidas para
emissoras de televisão e rádio. O ministro sinalizou que iniciativas desta
natureza poderão prosseguir ao longo dos próximos dias como forma de buscar apoio
popular para a reforma.

A leitura do relatório da reforma no plenário da Câmara e o
início das discussões em torno da proposta estão previstas para semana que vem.
A votação da reforma está marcada para depois do Carnaval, no dia 19 de
fevereiro.

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Midiamax)

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